Políticos bolsonaristas do Mato Grosso do Sul reagiram à fala do presidente da República, Lula (PT) sobre a guerra entre Israel e a Palestina. ‘Vergonhosas’ e ‘desastradas’ foram alguns dos adjetivos dados pela oposição do governo.
Durante evento na Etiópia, o presidente brasileiro condenou a ação militar de Israel. Lula citou morte de civis, sobretudo crianças, na Palestina, e comparou o ataque do país democrático com o holocausto – quando seis milhões de judeus foram mortos pelo regime nazista.
Coronel David (PL), um dos parlamentares bolsonaristas do Mato Grosso do Sul, criticou a fala presidencial. ”Uma triste constatação de que a política externa do Lula é feita de declarações desastradas”, refletiu.
Ele alega que o Hamas, a quem acusa de ser um grupo terrorista, parabenizou Lula pela fala na Etiópia.
João Henrique Catan, do mesmo partido e indicado por Bolsonaro como pré-candidato a prefeito do MS, não chegou a escrever um texto. No entanto, postou no Instagram a resposta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao presidente do Brasil.
”Lula desonrou a memória de seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas”, diz a postagem. Segundo a imprensa internacional, Benjamin classificou Lula como ”persona non grata” após a declaração.
Defesa
O deputado petista Pedro Kemp concordou com a crítica de Lula à guerra entre Israel e Palestina
”Muitos países consideram as ações de Israel na Faixa de Gaza desproporcional ao ataque sofrido pelo Hamas, porém só Lula teve a coragem de condená-las”, defendeu.
O deputado relembrou os conflitos na região. Segundo ele, Israel massacra os palestinos há 70 anos, com milhares de mortos.
”… atrocidades cometidas pelo nazismo contra judeus não podem justificar as ações cruéis contra os palestinos, quando ocupa seus territórios e destrói casas e infraestrutura das cidades, deixa a população sem água, remédios, insumos e alimentos, além de matar mulheres e crianças inocentes na Faixa de Gaza (hoje um verdadeiro campo de concentração)”, comentou o deputado estadual.
O espaço está aberto às manifestações dos demais parlamentares procurados pela reportagem.