A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) anunciou, neste sábado (1º), sua desistência da candidatura à Presidência do Senado. Em seu pronunciamento, Soraya classificou a decisão como “um ato de coragem” e parte de “uma estratégia” política, afirmando que, por vezes, é necessário recuar para avançar de forma mais eficaz.
A senadora declarou que sua retirada da disputa visa fortalecer pautas da bancada feminina no Senado. Antes de oficializar a decisão, Soraya solicitou um compromisso ao senador Davi Alcolumbre (União-AP), que desponta como favorito na eleição, para que as demandas das parlamentares sejam priorizadas na próxima gestão da Casa.
Durante a breve campanha, Soraya destacou a necessidade de ampliar a presença feminina nos espaços de decisão do Congresso Nacional. Ela lembrou que o Senado e a Câmara dos Deputados jamais foram presididos por uma mulher e celebrou a eleição da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) como a primeira mulher a ocupar a Primeira-Secretaria do Senado.
Além disso, defendeu uma maior proximidade do Legislativo com a população e cobrou um equilíbrio entre os Poderes para garantir a estabilidade democrática. “A instituição Senado precisa estar acima de cada um de nós aqui”, afirmou.
As informações são da Agência Senado.
Cenário da eleição no Senado
A eleição para a Presidência do Senado e para os demais cargos da Mesa Diretora está sendo realizada sábado (1º). O presidente do Senado eleito terá um mandato de dois anos, sem possibilidade de reeleição dentro da mesma legislatura.
O processo de votação é secreto e exigirá maioria absoluta (41 votos) para a escolha do novo presidente. Caso nenhum candidato atinja esse número no primeiro turno, um segundo turno será realizado entre os dois mais votados.
Importância do cargo
O presidente do Senado acumula a função de chefe do Poder Legislativo e preside o Congresso Nacional. Entre suas atribuições estão a condução das pautas legislativas, a recepção de pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a convocação extraordinária do Congresso em situações emergenciais, como estado de Defesa Nacional ou Intervenção Federal.
Além da eleição do novo presidente, também serão escolhidos os demais integrantes da Mesa Diretora, incluindo os vice-presidentes, secretários e suplentes, que terão papéis fundamentais na organização e funcionamento da Casa durante o próximo biênio.