Com mais de 800 mil seguidores, Daniela Amorim incentiva mulheres a se reinventarem na vida. Em entrevista à Contigo!, ela fala sobre o novo desafio
Com mais de duas décadas dedicadas à educação, incluindo seu papel como diretora de escola pública, Daniela Amorim, mãe de MC Daniel, que está fazendo o maior sucesso no Dança dos Famosos, quadro do Domingão com Huck, da TV Globo, decidiu investir na internet. Hoje, a pedagoga e também empresária atua como influenciadora digital e seus planos incluem inspirar mulheres a conciliarem maternidade e carreira, promover valores familiares e religiosos, fortalecer empreendedoras e expandir sua presença digital através de parcerias com marcas alinhadas aos seus valores.
Em entrevista à Contigo!, ela detalha este novo momento de sua vida. “Há três anos, eu era diretora de escola pública e tinha uma rotina como todo servidor público: de acordar às seis horas da manhã, ir para a escola e trabalhar das sete às cinco horas da tarde. E lá, tinha contato com as mães, que eu gosto, contato com os alunos, com os funcionários. A gente que é líder, não deixa de ser influenciador, mas não é digital. Analiso como eu era influenciadora presencial na minha profissão como professora e diretora. E depois que parei de ir para a escola, tinha a necessidade de ter uma profissão, de ter uma ocupação. O Daniel e o Gustavo (Nicola, meio de campo do São José Esporte Clube) falavam: ‘Mãe, abre o seu Instagram. A senhora pode influenciar as pessoas como mãe, as pessoas querem te conhecer. E aos poucos, fui abrindo o meu Instagram (…) Tinha três mil seguidores, há três anos”, diz.
“E o meu propósito, o primeiro de tudo, é falar da palavra de Deus. Falar do poder que Deus tem na vida da gente, de nós seguirmos a palavra, de nós sermos obedientes, de nós fazermos o bem. Então, costumo falar que sou uma influenciadora com o propósito de falar da palavra de Deus, do seu papel de mãe, de filha, de irmã, de amiga. Esse é o meu propósito como influenciadora digital”, emenda.
Daniela comemora o retorno dos seguidores. “Tenho o hábito de olhar sempre o meu direct e consigo responder algumas pessoas. Costumo falar que quem eu respondo é Deus quem escolhe. Tenho seguidoras que falam: ‘Posso te chamar de mãe?’. Tenho seguidoras que me consultam sobre a educação do filho e me dão retorno. Uma experiência que achei legal compartilhar aqui. Uma seguidora falou: ‘Não converso muito com a minha mãe. Ela vai ter um evento, convidou toda família e não me convidou. A senhora acha que devo ir?’. Falei: vai e bem linda, vai dar um abraço nela, e você faz o seu papel como filha. Depois, ela me deu retorno: ‘Foi importante o conselho da senhora, fui. Minha mãe ficou superfeliz e estou bem com ela’. Então, nós fazemos a diferença na vida das pessoas”, fala.
“E eu mando vídeo, mando mensagem, leio a palavra. Elas falam: ‘Não ia à igreja antes, agora, a senhora vai todo domingo, eu vou pra igreja (também). Não rezava o Pai Nosso, a senhora reza, e eu também estou rezando’. Então, esse carinho, mesmo virtual, me sinto acolhida. Quando recebo uma mensagem delas, contando uma experiência, é muito gratificante pra mim saber que é importante eu mostrar a minha rotina e que muda a vida delas”, completa.
PROGRAMA CAFÉ COM DANI
A mãe de MC Daniel comanda o programa Café com a Dani Amorim, onde entrevista pessoas com histórias de superação. “O programa surgiu porque todos os dias eu faço café com canela e, às vezes, bato um papinho com o povo. E aí a gente falou: Poxa, podia ter um quadro. E todo mundo sempre falando: ‘Meu sonho é tomar um café com a senhora’. ‘Eu tomava café com açúcar, agora tomo com canela por causa da senhora’. E aí, a gente achou interessante esse café, tem tudo a ver comigo, sempre gostei de café e aí fizemos esse quadro, que já tem três episódios. Foram bem legais!”, ressalta.
Daniela tem também o Visitando com a Dani. “Surgiu quando eu estava numa turnê na Europa, em Portugal. Aí, a gente falou: Poxa, podíamos mostrar os lugares que a gente passa para as pessoas, que é uma maneira das pessoas estarem lá também. E aí começou lá em Portugal, em Aveiro, em Porto. E aí, a gente tem outros projetos de visitar também as cidades daqui do Brasil, outros lugares”, fala.
“Um episódio engraçado foi aquele que viralizou do garçom, quando a gente foi visitar um restaurante. Chamei o garçom de moço e viralizou porque ele foi grosso comigo e deu toda aquela repercussão. Mas é gostoso, nós já temos uma agenda de visitar outros lugares, que é uma maneira das pessoas visitarem junto comigo. Porque a gente vai nos lugares e não sabe: Ah, por onde vou começar? Se assistir o Viajando com a Dani, você já tem um roteiro para quando você for viajar”, completa.
SONHO EM CRIAR UMA ONG
Daniela Amorim compartilha sua visão de estabelecer uma ONG, onde ela e seus dois filhos possam oferecer aulas de dança, música, futebol e outras atividades para crianças da região que enfrentam barreiras para acessar essas oportunidades.
“O desejo é fazer a diferença na vida das pessoas através da nossa experiência. Eu, como mãe, o Dani como músico, e o meu outro filho, como jogador de futebol. E o que eu percebo de algumas ONGs? Tiro o chapéu para todas, mas falta um trabalho com as mães, porque eles sempre focam na criança, no adolescente, e as mães precisam ser acolhidas também. Percebo isso como uma avaliação comigo. Eu levava o meu filho Gustavo para treinar e ficava sentada olhando ele treinar. Esse período, que a mãe está sentada olhando treinar, ela poderia estar sendo acolhida com uma palestra, com um atendimento específico de um especialista, um psicólogo, ou aprendendo uma profissão”, salienta.
“Então, um dos projetos é que as mães sejam acolhidas e sejam capacitadas para exerceremalguma profissão também. Outro, que seja uma ONG móvel, porque você pode chegar numa cidade e fazer a diferença, e ir para outra cidade. Onde o Dani tem show, por exemplo, e a gente leva essa ONG para fazer a diferença na vida das pessoas. E o que a ONG vai oferecer? Experiências. O DJ pode ensinar os meninos que têm sonho de ser DJ, o Gustavo pode ensinar os meninos que têm o sonho de ser jogador de futebol. O videomaker, ensinar a quem quer ser um videomaker. Todo mundo tem um potencial, uma habilidade. A ONG vai ter esse objetivo, o de despertar nas crianças, nas mães, que todo mundo tem algo a fazer e oferecer”, finaliza.