O advogado Newley Amarilla refletiu sobre os casos de corrupção envolvendo o Poder Judiciário em Mato Grosso do Sul. Ele comentou que o trabalho árduo do defensor acaba afetado e desmerecido quando está diante de um membro da Justiça corrupto.
Amarilla foi o entrevistado do ”Cara a Cara” do TopMídiaNews desta quarta-feira (13). Ele tem 42 anos de atuação no Estado e apontou caminhos para solucionar ou minimizar as questões que afligem a Justiça e a advocacia.
A partir do minuto 3’51”, Newley detalha em quais aspectos o trabalho dos advogados é prejudicado quando se depara com membros corruptos na Justiça.
”O advogado é prejudicado na medida em que o trabalho dele é desprezado… ele pesquisa, estuda, cria toda uma argumentação para convencer o juiz… e na realidade, o convencimento do magistrado foi feito com dinheiro, favores ou tráfico de influência”, desabarfou o defensor no minuto 4’01”.
O experiente profissional ponderou que a corrupção está presente também entre advogados, membros do Ministério Público e órgãos governamentais. Mas lamentou que o problema se torna mais intenso na Justiça, que seria a última instância e caminho para quem precisa de solução para um problema.
Caminhos
Na visão do profissional, passou da hora de abrir um debate público para refletir sobre a questão.
”E quem devia capitanear esse debate de mãos dadas é o próprio Judiciário e a OAB porque congrega os dois organismos que estão mais intrinsecamente vinculados àquela questão”, sugeriu Amarilla no minuto 4’53’’.
Ultima Ratio
Desembargadores, um procurador de Justiça, juízes de primeira instância e advogados de MS são investigados em um esquema de venda de sentenças judiciais, que movimentaram milhões de reais. Os magistrados da segunda instância envolvidos estão afastados dos cargos e com tornozeleira eletrônica.