O Corinthians informou nesta quarta-feira (27) que entrou, junto ao Poder Judiciário do Estado de São Paulo, com uma ação judicial denominada “Regime Centralizado de Execuções”.
O movimento tem como objetivo organizar o fluxo e a ordem de pagamentos dos credores. A medida deve auxiliar para que todos possam receber, sem que ocorram bloqueios sucessivos nas contas bancárias do clube.
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido da centralização e encaminhou o processo para uma das varas especializadas na 1ª instância.
Na iniciativa, o clube conta com a atuação da Mubarak Advogados e Mandel Advocacia, bem como o apoio de advogados membros do Conselho Deliberativo, das diretorias financeira e de negócios jurídicos e dos presidentes da diretoria e do Conselho.
Não é a primeira vez que o Corinthians tenta uma medida parecida. No início de 2022 o clube conseguiu a centralização das execuções de suas dívidas civis. Antes, o Timão realizou um movimento semelhante para processos de ordens trabalhistas.
Em setembro, o Corinthians realizou o “Dia da Transparência”, em que explicou a situação das contas. Durante o evento, a diretoria do clube informou que as dívidas alcançaram R$ 2,311 bilhões.
O cenário fica ainda pior considerando o prazo para pagamento das dívidas. Do total, R$ 1,215 bilhão (52,6%) vencem nos próximos três anos. Em 2024, o Corinthians terá que pagar R$ 357 milhões.
Caso o clube mantenha a arrecadação registrada em 2023, de R$ 895 milhões, deverá destinar 39,9% de seu faturamento para o pagamento de dívidas.