A Copa do Brasil 2024 se encerrou neste domingo (10), quando o Flamengo confirmou o título sobre o Atlético-MG, na Arena MRV, em Belo Horizonte. A disputa gerou um público de 44.876 pessoas e bilheteria de R$ 10,4 milhões. Com isso, o torneio superou uma renda bruta de R$ 114 milhões com ingressos desde a terceira fase.
Desconsiderando as duas primeiras fases, a competição organizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi responsável por 62 partidas nesta temporada. A Copa do Brasil tem jogos de ida e volta a partir da terceira fase, padrão que se repete para oitavas de final, quartas de final, semifinal e final.
A renda bruta das partidas envolve toda a receita gerada pelo evento, sem considerar as despesas que os clubes mandantes também devem arcar.
A terceira fase da Copa do Brasil contou com 32 jogos e 19 equipes da Série A do Campeonato Brasileiro. As partidas de ida e volta geraram uma renda bruta total de R$ 28 milhões, uma média de R$ 877 mil por duelo.
As oitavas de final, que contaram com a participação de 14 times da primeira divisão, foram responsáveis por uma renda de R$ 22,8 milhões. Com 16 partidas, a fase registrou uma renda média de R$ 1,42 milhão.
Nas quartas de final, restaram apenas clubes da Série A e foram disputados oito jogos. Com menos duelos, a renda bruta total da fase foi de R$ 21,1 milhões, uma média de R$ 2,6 milhões por jogo.
A semifinal, com apenas quatro jogos, naturalmente resultou em uma renda menor que as fases anteriores, mas com uma média maior. A renda total foi de R$ 15,9 milhões, uma média de R$ 3,9 milhões por disputa.
A final foi responsável por 22,88% da renda total do torneio, com valor superior ao total dos quatro jogos da semifinal e próximo da soma dos 32 jogos da terceira fase. Considerando ida e volta, a decisão gerou R$ 26,1 milhões, uma média de R$ 13 milhões, mais do que o triplo registrado na fase anterior.
Observa-se que a renda bruta das fases da Copa do Brasil 2024 diminui conforme a quantidade de jogos é menor, mas a renda média, por outro lado, aumenta ao longo do torneio.
A maior procura por ingressos de partidas das fases mais próximas da final, que possuem maior apelo, causa o aumento nos valores dos bilhetes. Além disso, a média de público cresce, por conta da procura e dos maiores estádios envolvidos.
A renda líquida de bilheteria se dá após os descontos de despesas operacionais, impostos, aluguéis, seguros e taxas cobradas pelas federações estaduais, entre outros.
A terceira fase gerou R$ 14,5 milhões de renda líquida, uma média de R$ 453,9 mil por partida. As oitavas de final, por sua vez, atingiram R$ 12 milhões no total e R$ 752 mil de média.
Nas quartas de final, a renda líquida total foi de R$ 13,8 milhões, o equivalente a R$ 1,7 milhão por jogo. As semifinais tiveram uma média ainda maior, de R$ 2,6 mihões, com um total de R$ 10,4 milhões.
Considerando apenas o jogo de ida da final, realizado no Maracanã, a partida entre Flamengo e Atlético-MG gerou uma uma renda líquida de R$ 12 milhões. Este valor se somará ao segundo duelo, que deve ter uma renda líquida superior a R$ 9 milhões.
Entre as rendas líquidas, destacam-se também partidas com valores negativos, ou seja, que deram prejuízo. Dos 62 jogos disputados da terceira fase até a final, 13 tiveram despesas maiores do que a renda.
Fluminense, Botafogo e Red Bull Bragantino foram os clubes que mais tiveram partidas com renda líquida negativa, com dois jogos cada. O pior resultado foi obtido pelo Fluminense, que teve prejuízo de R$ 189 mil no duelo de volta das oitavas de final, contra o Juventude, no Maracanã.
A quantidade de torcedores presentes nos estádios da Copa do Brasil 2024 cresce conforme a competição avança, principalmente por conta do apelo das partidas, que se torna maior, e a capacidade dos estádios em que os jogos são disputados. Nesta temporada, o torneio superou um público de 1,6 milhão.
Os 32 jogos da terceira fase levaram 613 mil pessoas aos estádios, 19 mil por partida. As oitavas de final tiveram um total menor, de 436 mil torcedores, mas com média superior, de 27 mil.
A tendência segue a mesma nas quartas de final, que contaram com um público total de 315 mil pessoas, com média de 39 mil por confronto. Nas semifinais, porém, a média foi menor, de 38 mil torcedores por partida, 154 mil pessoas no total dos quatro jogos. O número foi impactado por conta da presença de São Januário, estádio do Vasco, que pode receber no máximo 21 mil pessoas.
A final contou com 67.459 pessoas no jogo de ida, no Maracanã, e 44,8 mil no duelo de volta, na Arena MRV, um total de 112.335 mil torcedores. A média foi, portanto, de 56,1 mil por confronto, a maior média entre todas as fases do torneio.