
Um dia após a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, ministro anuncia cinco novas medidas para fortalecer a segurança nas unidades prisionais O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta quinta-feira cinco novas medidas do governo federal para aumentar a segurança nos presídios federais do país. A decisão acontece um dia após a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Segundo Lewandowski, as mudanças serão tomadas “imediatamente” em todos os cinco presídios federais, localizados em Mossoró, Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF). Os recursos sairão do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen).
Modernização do sistema de câmeras
Uma das mudanças será a troca do sistema de câmeras das prisões por equipamentos mais novos e modernos. No caso de Mossoró, os detentos teriam saído pelo teto da cela, por meio de um buraco na parte da placa metálica. A fuga teria sido facilitada por uma obra no local.
Acesso com reconhecimento facial
Outra medida anunciada pelo ministro é o uso de reconhecimento facial para a entrada nos cinco presídios. Segundo Lewandowski, a tecnologia vem no intuito de endurecer o acesso e controle das unidades. O reconhecimento será obrigatório para todas as pessoas que adentrarem as penitenciárias,
— Sejam elas visitantes, detentos, advogados… todos vão precisar passar pelo reconhecimento facial –destacou o ministro da Justiça.
Ampliar sistema de alarmes
O Ministério da Justiça também promete ampliar o sistema de sensores e alarmes em todas as cinco unidades.
Reforço policial
Lewandowski também afirmou que irá antecipar a contratação de 80 policiais federais aprovados em concurso público para “fortalecer a atuação” nas penitenciárias. Parte do quantitativo será imediatamente direcionado para o presídio de Mossoró.
Construção de muralhas
A última medida anunciada é a construção de muralhas ao redor de todos os presídios federais — a estrutura hoje está presente apenas na unidade do Distrito Federal. Segundo o ministro, esta será ‘”a mais custosa medida” para o governo. As verbas, segundo ele, virão do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen).
Busca tem drones e 300 agentes
O ministro declarou que “todos os esforços” estão concentrados na operação para recapturar os presos. De acordo com ele, há 100 homens da Polícia Federal, 100 da Polícia Rodoviária Federal e 100 das polícias Militar e Civil vasculhando a área, com o auxílio de três helicópteros, drones com visão noturna e capazes de mapear pontos de calor, cães farejadores.
Segundo Lewandowski, os dois fugitivos estão escondidos em um raio de 15 quilômetros na região do entorno do presídio. Isso porque as investigações apontam que nenhum veículo se aproximou da penitenciária nem foi registrado o furto de nenhum carro na região, o que levou à conclusão de que os detentos estejam empreendendo a fuga a pé. O local é cercado por mata fechada.
— É um local de matas, uma zona rural e nós imaginamos que eles ainda estejam homiziados naquela região — acrescentou o ministro.
Outro elemento que reforça essa suspeita é que um sítio foi arrombado nas proximidades do presídio na madrugada desta quinta. Os invasores levaram consigo roupas e alimentos.
—- Temos notícias de que uma casa rural foi invadida, onde houve furto de roupas comidas. Certamente isso pode estar relacionado a esses dois fugitivos que estão tentando sobreviver nesta área —- afirmou Lewandowski.
Fonte








![O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em áudio enviado para o pastor Silas Malafaia que sem a votação da anistia não há possibilidade do Brasil negociar o tarifaço com os Estados Unidos.
A conversa é uma das citadas pela Polícia Federal (PF) no relatório que indiciou Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro pela atuação deles para colocar os EUA contra autoridades brasileiras e por coação no âmbito do processo da trama golpista.
“Malafaia, o que eu mais tenho feito é conversar com pessoas mais acertadas, vamos assim dizer no tocando que se não começar votando a anistia não tem negociação sobre tarifa”, afirma Bolsonaro no áudio enviado em 13 de julho para o pastor.
Na mensagem, o ex-presidente ainda faz uma alusão às tentativas de governadores, entre eles Tarcísio de Freitas, de São Paulo, de tentar negociar com a
Embaixada dos EUA.
“Não adianta um ou outro governador querer ir pros Estados Unidos, ir pra embaixada, para não sei onde quer que ele vá, tentar sensibilizar. Não vai só seguir. Da minha parte, é por aí pô”, diz Bolsonaro.
“Eu tenho meus contatos, não falo com ninguém e tô fazendo aquilo que entendo, você tem razão, é a anistia.
Resolveu a anistia, resolveu tudo. Não resolveu? Já era.
Ele não perde nenhum. Tenha certeza disso”, completou Bolsonaro no áudio.
O áudio de Bolsonaro vem em resposta a mensagem de Malafaia, que, segundo a PF, estaria dando “orientações” a Bolsonaro sobre como se posicionar após a carta de Trump que impôs as taxas de 50% sobre o Brasil, em 9 de julho, dias antes da conversa.
Segundo Malafaia, seria necessário “pressionar o STF dizendo que se houver uma anistia ampla e total, a tarifa vai ser suspensa. Ainda pode usar o seguinte argumento:
Não queremos ver sanções contra ministros do STF e suas famílias. Eles se cagão [sic] disso! A questão da tarifa é justiça e liberdade, não econômica. Traz o discurso para isso!”, afirmou.
Pouco depois dessa mensagem, Malafaia envia um áudio em que “novamente orienta Bolsonaro em como direcionas a narrativa para os interesses dos investigados”, diz o relatório.](https://sudoestems.com.br/wp-content/uploads/2024/03/537227944_1300949231658827_2324692362068409941_n-269x320.jpg)


