Ser jornalista é uma certeza que Gizele Oliveira tinha desde muito nova, por “gostar muito de escrever”, ainda na época do ginásio. O que ela não imaginava é que na assessoria de comunicação iria encontrar a maior satisfação em colocar em prática o prazer por contar histórias.
Por muito tempo havia um certo preconceito, até mesmo dos colegas, em achar que “jornalista em assessoria não é jornalista”. Lembro que ainda na faculdade acontecia essa discussão. Isso mudou muito quando a comunicação corporativa ganhou força, quando os veículos entenderam que esse link entre uma organização – seja governo ou iniciativa privada – e o jornal, a TV, o Rádio é indispensável e positiva, se feito com ética.
Dos 28 anos de profissão, 14 são ligados à Agência Estadual de Regulação. De 2002 a 2007, com um intervalo trabalhando na Secretaria de Comunicação, e de volta a partir de 2015.
A regulação é um xodó para mim e para muitos que começaram aqui. Eu lembro de entrar na salinha cedida da Agesul, em março de 2002, e ver o pequeno grupo que estava praticamente montando a Agência dividindo mesas e cadeiras. Era um tema novo, um órgão novo e um grande desafio para todo mundo. Ver tudo nascendo assim, não tinha como não criar um vínculo muito forte.
Gizele considera que o desafio chegou com oportunidades. Enquanto no transporte de passageiros as dificuldades eram enormes para a Agência absorver o serviço que estava sendo passado da Agesul, a área da energia, contou com uma verdadeira “escola”.
Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica foi o grande incentivo para a implantação de uma agência estadual, já que a autarquia federal vinha com uma forte política de descentralizar suas atividades para os Estados.
Na área de Comunicação, a Aneel foi uma grande parceira nossa nos primeiros anos. Muitos profissionais gabaritados, dispostos a auxiliar. Com o convênio técnico, veio todo o suporte de Relações Institucionais e Comunicação. Eventos em Campo Grande e em Brasília, elaboração de Planos de Atividades e Metas, produção de peças informativas – especialmente impressos e de rádio – eram feitos em conjunto, para falar com o consumidor de energia.
Muitas “dicas” a gente aprendia com a equipe da Aneel e aplicava no transporte e depois nos outros serviços.
Passado, presente e futuro
Olhando com carinho para esse passado peculiar, a jornalista considera que cada passo foi importante na construção do presente.
“Se eu for falar de uma palavra para definir essa história, eu diria que é EVOLUÇÃO”.
Nós, jornalistas, somos contadores de história, e a história é uma expressão do tempo. A realidade, a tecnologia, os gestores, as necessidades, isso tudo vai mudando. É importante se adaptar e é uma alegria muito grande fazer parte dessa evolução.
A AGEMS de hoje é uma potência, temos uma equipe, temos investimentos, temos planejamento. E o melhor: a Agência ainda é uma jovem, considerando a medida do IBGE de que até 29 anos é considerado jovem. Ou seja, é uma fase em que tem segurança e maturidade, mas sem perder o entusiasmo de que ainda vem muito mais por aí no futuro, finaliza Gizele.
Por:BrunaAquino