Denúncia também apontou suposta prática de campanha partidária na sede do Conselho Tutelar
Dândara Genelhú –
Print do perfil da conselheira foi anexado na denúncia. (Reprodução, MPMS)
A Copect (Comissão Permanente de Ética dos Conselheiros Tutelares de Campo Grande) analisa o caso de conselheiras de Campo Grande investigadas por expor crianças nas redes sociais. Denúncia apontou a exposição de crianças atendidas por conselheiras tutelares da região norte da Capital.
Fotos e vídeos de atendimentos seriam compartilhados nas redes sociais pessoais das conselheiras. Além disso, a notícia de fato eleitoral também investiga suposta prática de campanha partidária dentro da sede do Conselho Tutelar.
O Jornal Midiamax acionou o CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) sobre a denúncia em 18 de setembro. Em 26 do mesmo mês, o Conselho informou que o caso passará por análise.
“No momento, este Conselho de Direitos não se posicionará sem antes haver a devida apuração dos fatos narrados. Ao qual estará em análise Comissão Permanente de Ética dos Conselheiros Tutelares de Campo Grande/MS (COPECT), e outros órgãos competentes a analisarem o ocorrido informado”, informaram por nota.
Denúncia
Conforme a denúncia, há exposição de crianças e adolescentes nos perfis pessoais das conselheiras e psicóloga da unidade. “Todos os dias os atendimentos são expostos em vídeos, fotos, áudios nas redes sociais”, apontou o denunciante.
Então, apontou que as conselheiras “estão dolosamente expondo pessoas em situação de vulnerabilidade social extrema”. Na denúncia foram anexados prints das redes sociais da conselheira Maria Carolina Marquez Zamboni, que postou vídeo em atendimento à comunidade em Campo Grande.
Na publicação, Maria marcou a conselheira Suellen Gomes e a psicóloga Karol Novaes. Além disso, aponta conteúdo sobre armas de fogo e contra aborto permitido em casos de violência sexual no perfil de uma das conselheiras.
“Infelizmente a mesma enfatiza tais convicções político-partidárias a todo momento, inclusive, com visita de candidatos a vereadores em 2024 na sede do Conselho Tutelar Norte”, aponta a denúncia.
Após denunciante procurar o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), este designou a Promotoria da 53ª Zona Eleitoral de Campo Grande para apurações. O MPMS instaurou notícia de fato eleitoral na última segunda-feira (16).
Resposta das conselheiras
A reportagem acionou as conselheiras e psicóloga apontadas na denúncia pública protocolada no MPMS. Até a publicação desta matéria, apenas Maria Carolina respondeu. No entanto, preferiu não se pronunciar. “Primeiro vou ter acesso à denúncia para me inteirar, não estava sabendo”, disse ao Jornal Midiamax.