As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Campo Grande, concebidas nas gestões de Nelsinho Trad e Alcides Bernal, hoje representam um símbolo claro de como a falta de planejamento pode comprometer serviços essenciais à população. O cenário é conhecido por muitos: a cada chuva, infiltrações, calhas rompidas e estruturas fragilizadas se tornam pesadelos para os usuários e profissionais que dependem dessas unidades.
Projetadas com ambições arquitetônicas vanguardistas, as UPAs da capital sul-mato-grossense logo se revelaram ineficientes. A primeira unidade, inaugurada no Bairro Coronel Antonino em 2006, foi seguida pelas UPAs Vila Almeida e Universitário, ainda na gestão de Nelsinho Trad. Posteriormente, Alcides Bernal foi responsável por entregar as UPAs Moreninhas, Leblon e Santa Mônica. No entanto, ao invés de um legado positivo, essas unidades se tornaram problemáticas.
Ao longo dos anos, a manutenção das UPAs ficou restrita a medidas paliativas, que pouco ou nada fizeram para solucionar os problemas estruturais que se repetem a cada nova administração. Infiltrações, desgaste dos sistemas de drenagem e deterioração de calhas são apenas algumas das falhas que, sem a devida atenção, foram repassadas de gestor para gestor, sem solução definitiva. O resultado? Um fardo indesejado para os sucessores, como Marquinhos Trad e, mais recentemente, Adriane Lopes.
Entretanto, a atual gestão de Adriane Lopes se destacou ao romper com esse ciclo de improvisos e negligência. Em dois anos à frente da Prefeitura, Adriane propôs intervenções robustas, visando não apenas solucionar os problemas, mas também evitar que eles voltem a ocorrer. A UPA Coronel Antonino, a mais antiga e emblemática dos problemas estruturais, foi a primeira a passar por uma reforma completa. Hoje, a unidade não enfrenta mais os transtornos que, por anos, foram recorrentes. Além disso, a UPA Vila Almeida já está em fase de reforma, com as demais unidades inseridas em um cronograma de melhorias estabelecido pela Secretaria de Saúde.
É importante ressaltar que a responsabilidade pela manutenção das UPAs cabe ao gestor municipal em exercício. No entanto, o legado de falhas estruturais e a falta de planejamento adequado durante as gestões anteriores tornaram essas unidades bombas-relógio, prontas para estourar a qualquer momento. O esforço de Adriane Lopes em realizar intervenções profundas, ao invés de remendos temporários, marca uma nova fase na administração pública de Campo Grande.
A gestão atual não apenas afirma reconhecer os problemas herdados, mas age de forma estratégica para solucioná-los de uma vez por todas, beneficiando diretamente a população.