Cláudia Mauro, que viveu a Capitu da Escolinha do Professor Raimundo, fez uma revelação inusitada sobre os bastidores do humorístico
Responsável por ter vivido a Capitu na Escolinha do Professor Raimundo, humorístico da Globo que fez sucesso nos anos 90, Cláudia Mauro revelou em entrevista à CARAS que a personagem seria construída de uma maneira diferente no início.
“Quando eu fui fazer a Escolinha, era outro personagem, não tinha nada daquela sensualidade daquela personagem. Eu interpretava uma religiosa, que quando olhava a máquina fotográfica dava um negócio”, recordou a famosa.
“(Na cena), fui fazer uma foto 3×4, mas quando via a câmera eu saía louca, dançando. A personagem fez o maior sucesso no teatro, e o Chico (Anysio) levou para a Escolinha. Seria a Capitulina, uma tiete do Tarcísio Meira”, explicou a atriz.
Roberto Marinho teria reclamado com Chico por causa das reclamações que foram recebidas sobre o papel, o que causou alterações. “Entrei para fazer esse personagem, que deu logo de cara um buchicho. Aí (depois) veio a gostosa burra. Lá fiquei cinco anos, acabou que a Capitu foi para as salas de aula com uma certa inocência e ingenuidade. Nessa época eu não fiz nada da Capitu, boneca, playboy. E eu não quis, porque não queria ficar rotulada”, afirmou Cláudia.
A artista contou ainda que foi vítima de assédio nos bastidores da atração cômica. “Já estava casada com o Paulo César (Grande) e ele já faleceu. Um ator cismou comigo num grau… Ele ligava lá em casa com convite para sair. Teve uma vez, em uma carona, que ele falou, ‘eu te pago, quanto você quer para ficar comigo?’”, detalhou a famosa.
“A pessoa envelhece, mas por dentro ela continua sendo o que sempre foi. (Sofria) assédio direto, nossa. Nunca tomei medida, a gente nem via dessa maneira. Mas, já fui fazer teste para filme que o diretor falava, ‘dá uma viradinha, por favor’. Outro já falou, ‘tem namorado?’. O homem se sentia no direito e ninguém fazia nada, tinha mulher que nem respondia”, lamentou Cláudia, que recentemente atuou em Reis.