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Clubes da Premier League aprovam aplicação de teto salarial a partir da temporada 2025/2026

Clubes da Premier League aprovam aplicação de teto salarial a partir da temporada 2025/2026

Depois de polêmicas e discussões envolvendo suas Regras de Lucro e Sustentabilidade (PSR, na sigla em inglês), a Premier League chegou a um acordo sobre as novas limitações de gastos dos seus clubes. Segundo o jornal inglês The Times, as equipes votaram, nesta segunda-feira (29), a favor da implementação de um teto salarial.

A proposta se baseia em um modelo de ancoragem. De acordo com a imprensa inglesa, o limite que os clubes poderão gastar com salários, transferências e honorários de agentes será igual a um múltiplo do valor recebido pela equipe com menor receita com direitos de transmissão.

Na temporada passada, por exemplo, o Southampton foi o clube com a menor receita de TV. A equipe, que terminou o ano na última colocação, obteve £ 104 milhões, valor que seria a base para o cálculo do teto salarial a ser seguido pela Premier League. O múltiplo que seria aplicado sobre este valor ainda não foi definido, mas estima-se que seja próximo de cinco vezes, o que seria o equivalente a £ 520 milhões na última temporada.

A votação do teto salarial não foi unânime. Manchester City, Manchester United e Aston Villa, algumas das equipes de maior orçamento, foram contra a proposta, enquanto o Chelsea se absteve.

Mesmo a Premier League já tendo decidido que suas Regras de Lucro e Sustentabilidade serão mudadas a partir das temporada 2025/2026, a proposta aprovada nesta segunda-feira (29) será submetida a uma análise jurídica e econômica e votada novamente em junho, durante a Assembleia Geral anual feita pela liga.

A nova regra, caso aprovada, deverá ser aplicada paralelamente ao controle de custos de elenco que entrará em vigor na temporada 2025/2026. Essa regra define que os clubes podem gastar no máximo 85% de suas receitas totais com salários, transferências e agentes.

Atualmente, as Regras de Lucro e Sustentabilidade da Premier League proíbem que os times tenham um prejuízo maior do que £ 20 milhões a cada três anos. A quebra da regra tem como consequência uma dura punição esportiva, algo que gerou um grande descontentamento entre as equipes.

Nottingham Forest e Everton, por exemplo, sofreram deduções de pontos na tabela da primeira divisão inglesa por conta da quebra das Regras de Lucro e Sustentabilidade, enquanto o Leicester foi acusado de ter as violado. Nesse cenário, surgiram diversas possibilidades de mudança, com propostas que incluíam impostos de luxo e modelos de ancoragem, como o votado pelos clubes.

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