Candidato é alvo da PF por oferecer sacos de cimento em troca de voto

A Polícia Federal (PF) desencadeou quatro operações neste sábado (5/10), em Roraima, com objetivo de combater crimes eleitorais relacionados ao atual pleito de 2024. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Pacaraima, após a divulgação de um vídeo nas redes sociais em que um candidato a prefeito aparece oferecendo vantagens em troca de votos de eleitores da Comunidade Indígena do Contão.

No vídeo, o candidato oferece, entre outras coisas, cinco sacos de cimento e dinheiro para cobrir despesas médicas em troca dos votos. Em um dos trechos, ele se dirige a um eleitor com deficiência visual, afirmando que outra pessoa votaria em seu lugar, o que levanta sérias preocupações sobre a legalidade de suas ações.

Já em Mucajaí (RR), três mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em dois endereços de um candidato a vereador e de um candidato a prefeito. Os mandados foram expedidos com base em uma investigação iniciada após uma ação policial ocorrida em 2 de outubro, a partir de informações recebidas pelo Disque Denúncia.

Durante essa operação, foram apreendidos em um veículo R$ 6,9 mil, material de campanha e duas cadernetas contendo anotações de diversos nomes de pessoas, possivelmente eleitores. Além disso, foi encontrada com um dos passageiros a quantia de R$ 2,3 mil separada em notas de R$ 200, valor que é comumente associado à prática conhecida como “boca de urna”.

Compra de votos

Em Alto Alegre (RR), a PF deflagrou a Operação Golden List. Após a prisão em flagrante de um cabo eleitoral na quinta-feira (3/10), e o acesso aos dados de seu celular, a Polícia Federal identificou um possível esquema de compra de votos no município. Diante da situação, a polícia solicitou e obteve autorização para realizar buscas e apreensões na residência de três investigados, sendo um deles um vereador da câmara municipal.

Em São Luiz do Anauá (RR), dois mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos com base em uma investigação iniciada após uma ação policial realizada em 3 de outubro na residência de um candidato a vereador. Durante essa ação, foram apreendidos diversos materiais de campanha, telefones celulares, cópias de títulos de eleitores — incluindo documentos de indígenas — e uma quantia em dinheiro.

Os mandados foram fundamentados em conversas extraídas dos celulares apreendidos, que revelaram múltiplos pedidos de compra e venda de votos. A operação visa investigar práticas ilícitas que possam comprometer a integridade do processo eleitoral na região.



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