Campo Grande deve comprovar plano de recuperação de parque com nascente de córrego

O município de Campo Grande deve comprovar ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) a execução do plano de recuperação do parque linear do córrego cabaça, localizado na Avenida Fabio Zahran, entre as ruas Spipe Calarge e Trindade, no Jardim Paulista, em que também está inserida a Praça do Preto Velho.

Inquérito civil foi instaurado pela 34ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, que questiona apurar denúncia de que em 2020 a cerca que protegia o local havia sido retirada e, até o momento, sem os reparos para proteger o local.

Ainda, a denúncia afirma que há espécies invasoras no local, assim como o descarte de resíduos sólidos.

No bojo do processo, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) protocolou o PRADA (Plano de Recuperação de Área Degradada ou Alterada) do Córrego Cabaça, que é um dos 33 presentes na Capital.

Local com sujeira dentro do Parque (Reprodução)

Dessa forma, consta no documento, que dos 82 mil metros quadrados da área, 55 mil devem ser recuperados. As principais ações concentram-se na retirada das leucenas (espécie invasora causadora da perda da biodiversidade) e plantio de vegetação nativa, bem como controle de erosões.

A planta possui atributos que a torna uma das piores daninhas do mundo, pois impede que a riqueza e diversidade vegetal da área se restabeleçam e consequentemente de toda a vida animal que depende dessas plantas como fonte de alimento, abrigo e refúgio, comprometendo assim todos os processos ecológicos naturais. Além da liberação de aleloquímicos no ambiente, sendo tóxica para animais e afetar a qualidade do solo e por ser hospedeira de pragas.

Área degradada do Parques (Reprodução)

Conforme a superintendente de fiscalização e Gestão Ambiental da Semadur, Gisseli Giraldelli, a leucena é uma espécie exótica, invasora, muito agressiva e que é um problema em todo o mundo, promovendo o que chamam de deserto verde, causando a perda da biodiversidade e por isso é necessária a intervenção. “Precisamos entender tecnicamente e trabalhar com muito cuidado para que possamos promover ações que realmente controlem essa infestação de leucenas, de forma que não pioremos a situação. Portanto, precisamos atuar dentro das boas práticas técnicas e manejo adequado para que consigamos vencer essa guerra contra a leucena”.

Recentemente, o município fez alterações no plano para incluir novos pontos de erosão que devem passar por procedimento de regularização e conformação de barrancos.

Imagens mostram avanço da urbanização no entorno do Parque do Cabaça (Reprodução)

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