Intérprete de Dona Patroa festeja personagem popular na novela das novela e torce o nariz para críticas Quem te viu, quem te vê, Iolanda! Se no início de “Renascer” ela vivia presa a amarras, num casamento abusivo com Egídio (Vladimir Brichta), nos capítulos recentes a personagem vem se descobrindo uma nova mulher. A Dona Patroa do passado cansou das humilhações do marido e se separou do vilão. E ainda se permitiu conhecer Rachid (Almir Sater), que a faz experimentar um amor e um clima de sedução que ela desconhecia. Intérprete da figura, Camila Morgado comemora a nova fase da dona de casa.
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— Ela não tinha nem nome. De repente, começou a se reconhecer como Iolanda, sair da submissão. Agora, está no momento de descoberta. Por ter vivido uma relação abusiva, não tinha o entendimento do próprio corpo, não sabia que tinha pernas bonitas, seios… Rachid trouxe um amor diferente daquele que ela conhecia. Então ela se descobre como mulher e sente desejo. Depois, começa a entender que pode ser independente — pontua Camila.
Apesar dos momentos quentes com Rachid, ainda não se sabe se eles ficarão juntos no fim da trama. A atriz não descarta que a personagem fique sozinha ou conheça outros homens, já que reprimiu sua sexualidade por tanto tempo.
— Seria interessante ver Iolanda como uma mulher desejada, que tem uma vida sexual ativa, que pode viver sozinha e ser feliz. Hoje, essa é a realidade das mulheres. Ela pode virar uma mulher transante. Tem entre 40 e 50 anos, já passou por um casamento, abusivo ainda por cima, e vai se amarrar a outro homem? Não! Talvez ela queira cair na vida e ser feliz! Eu votaria pra ela terminar transante. Acho que Iolanda tem que conquistar a liberdade dela, por mais que forme um casal lindo com Rachid — opina a artista de 49 anos.
Rachid (Almir Sater) e Dona Patroa (Camila Morgado)
Reprodução/ Rede Globo
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Intérprete de Dona Patroa em ‘Renascer’, Camila Morgado comemora personagem popular
Dona Patroa (Camila Morgado) e Rachid (Almir Sater)
Manoella Mello/ Rede Globo/ Divulgação
Apesar de não ter redes sociais, Camila Morgado percebe a repercussão da personagem nas ruas:
— Normalmente me chamam para fazer papéis que não são populares. Mas gosto muito de fazer esses tipos. Me identifico com eles. Homens, mulheres e até crianças vêm falar comigo sobre Iolanda. Pelo humor, eu achei um canal de comunicação muito legal. A comédia pega as pessoas.
Na contramão dos elogios, há quem diga que a atriz exagera na composição, principalmente na questão do sotaque.
— Comentários negativos acompanham meu trabalho e vão acompanhar sempre. Estamos expostos. Escutei pessoas falando que o sotaque está muito forçado. Não sou baiana, faço uma farsa. Aproveitei isso para dar uma exagerada, porque a personagem dá essa liberdade — argumenta Camila.
Apesar das guinadas recentes de Iolanda, de uma coisa a mãe de Sandra (Giullia Buscacio) não se desapega: a Bíblia. Religiosa, ela vem se confrontado pelos dogmas que segue.
— Falam que exagero também na questão da religiosidade, mas encontrei várias amigas como ela. Minha manicure, a Katerine, serviu de inspiração. Às vezes esses comentários chegam a me abalar, mas eu já aprendi a conviver com isso. No meu primeiro trabalho, falavam: “O que essa espiga de milho está fazendo na TV?’’. Fiquei tão mal que prometi que nunca mais ia olhar para isso — recorda Camila, que começou na TV na minissérie “A casa das sete mulheres’’, na pele de Manuela, há 21 anos: — Antes eu tinha muita preocupação, ansiedade e prepotência. Depois, a gente começa a entender que a gente erra. Hoje, sou uma mulher que me perdoo e sou mais segura. Tenho mais paciência e menos pressa.
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