CEO do LIV, programa socioemocional presente em mais de 800 escolas do país, Caio Lo Bianco diz que a frustração pode ajudar estudantes a lidar melhor com desafios da vida cotidiana A partir da próxima segunda, dia 28, professores e diretores de escolas de todo o país estarão atentos às novidades da BETT Brasil 2025, maior evento de inovação e tecnologia para educação na América Latina, que acontece até o dia 01 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo. Mais de 46 mil profissionais devem circular pelo local, que tem como um de seus destaques a palestra de Caio Lo Bianco, idealizador e CEO do LIV, programa de educação socioemocional presente em mais de 800 escolas.
Depois do impacto da série Adolescência, muitos educadores, psicólogos e famílias têm repensado os desafios emocionais vividos por crianças e jovens. Em um mundo cada vez mais conectado — e que também cobra uma felicidade constante — Caio vai discutir o conceito de felicidade e refletir: por que essa ideia, tantas vezes reforçada por adultos, pode estar gerando mais angústia do que bem-estar?
Lo Bianco, especialista em suicídio de jovens, mestre em Educação pela Universidade Columbia (EUA) e palestrante da Brazil Conference em Harvard, tem chamado atenção para como a sociedade vem simplificando a ideia de felicidade — muitas vezes reduzida à busca por prazer imediato, ignorando que a vida também envolve desafios e frustrações.
Para ele, quando a felicidade se torna uma meta absoluta, qualquer desconforto pode ser visto como sinal de falha ou algo que precisa ser eliminado. Isso pode levar a respostas precipitadas, como a medicalização excessiva de crianças e adolescentes, além de dificultar o desenvolvimento de habilidades para lidar com as emoções desafiadoras que fazem parte da vida.
Na palestra “Quanto custa a felicidade dos nossos alunos?”, que acontece no dia 30 de abril, às 14h, no Auditório Principal do Congresso de Educação Básica da BETT Brasil 2025, Caio propõe um novo olhar: entender que felicidade e sofrimento não são opostos, mas partes da mesma experiência.
“Não podemos ignorar o mal-estar que faz parte da experiência de viver. Muitas vezes, protegemos tanto as crianças que, ao chegarem à adolescência, quando essa bolha de proteção se rompe e elas se deparam com a realidade do mundo, já não sabem como lidar com os conflitos que surgem — como mostra a série Adolescência. Falta um lugar para conversarmos sobre frustrações, derrotas e perdas. E isso é fundamental”, afirma.
O LIV, programa de educação socioemocional que Caio idealizou, também celebra seus 10 anos na feira com um estande imersivo de 120 metros quadrados. O espaço terá um túnel interativo com vídeos, depoimentos e experiências que mostram, na prática, como o programa apoia estudantes, famílias, professores e equipes escolares.
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