O empresário e lavoureiro de Ponta Porã, Rodrigo Ferro Pakuszewski burlou o sistema de monitoramento eletrônico com o mecanismo “Gaiola de Faraday” e pode ter a prisão preventiva decretada na véspera da sentença. Ele pode ser condenado pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando vândalos
Nesta sexta-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, notificou a defesa e a Procuradoria-Geral da República para apresentarem as alegações finais. Ele foi preso em decorrência do grupo de vândalos que invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto.
Só que Pakuszewski foi preso em Brasília e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica desde 7 de agosto do ano passado. No entanto, conforme relatório do diretor da Unidade Mista de Monitoramento Virtual Eletrônico, Maycon de Melo, o bolsonarista passou a usar instrumentos para tentar enganar a Justiça sobre a localização e o monitoramento em tempo real.
Em ofício ao juiz Ricardo Duarte Fererira, da 1ª Vara Federal de Ponta Porã, Melo informou que Rodrigo teve vários incidentes. O bolsonarista recorreu ao mecanismo chamado de “Gaiola de Faraday”, que impede a entrada de campo elétrico e magnético de estruturas condutores, efeito conhecido como blindagem eletrostática.
“Cumpre informar que a prática dos incidentes acima descritos (metal detectado – met), configura tentativa de burlar o sistema de geolocalização da tornozeleira eletrônica, obstruindo o sinal do equipamento e, consequentemente, interferindo na verdadeira localização do monitorado”, informou.
“Assim, considerando que foram esgotadas as ferramentas para restabelecer o cumprimento regular da medida, com base no artigo 37 §3º do Provimento 151 do TJMS, encaminhamos o relatório detalhado dos incidentes. E sugerimos a regressão de regime conforme estabelece o artigo 146-C parágrafo único, inciso I”, apontou o diretor.
Apesar do ofício ter sido encaminhado no dia 24 de outubro deste ano, Ricardo Duarte Ferreira Figueira ainda não se manifestou sobre a fraude no monitoramento eletrônico. Rodrigo vem se apresentado à Justiça todo mês conforme determinou o STF.
Nesta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 15 dias para o MPF e a defesa apresentar as alegações finais. Após esse prazo, o plenário da corte vai julgar Rodrigo Ferro Pakuszewski pelos crimes de atentado com o estado democrático de direito, golpe de estado, organização criminosa, entre outros.