
Nas ruínas no Chipre também foram achados os restos mortais de uma mulher, cujo crânio foi esmagado numa espécie de ritual Arqueólogos que encontraram o edifício sagrado mais antigo de que há registro, com cerca de 4 mil anos, descobriram dentro dele um “enigmático” monólito.
A descoberta foi feita sobre um platô de calcário a mais de 90 metros acima do nível do mar, em Erimi (Chipre). Os estudos são conduzidos pela Universidade de Siena (Itália) e o Departamento de Antiguidades de Chipre.
“Escavações recentes levaram à descoberta do edifício sagrado mais antigo já atestado, em Chipre, cuja função ritual e valor ideológico parecem ser de particular significado”, contou Luca Bombardieri, o líder do projeto, de acordo com reportagem na “Archaeology Mag” na semana passada.
Numa seção do local, a equipe de Bombardieri descobriu uma sala com um misterioso monólito medindo 2,3 metros de altura. A estrutura era polida e totalmente lisa com um motivo circular de pequenas xícaras no meio.
“O monólito, que originalmente ficava no centro da sala, desabou no chão e destruiu uma grande ânfora colocada a seus pés em frente a uma pequena lareira circular”, completou o cientista.
Descoberta de templo com monólito no Chipre
Reprodução/Universidade de Siena
Um artista visual reconstruiu como seria o espaço sagrado na época de seu uso. A pesquisa arqueológica começou no local há 15 anos
No local, conhecido como “Templo da Morte”, o crânio de uma jovem foi esmagado e uma pedra pesada foi colocada sobre seu peito “como que para mantê-la imóvel”. Bombardieri acredita que a jovem pode ter sido morta “por questões ligadas à maternidade” e que a sua morte “pode estar ligada a outros casos registados no passado noutras partes do Chipre”.
As evidências sugerem que a jovem foi vítima de uma morte violenta, possivelmente um caso de feminicídio antigo.
Fonte
Arqueólogos encontram monólito em templo de 4 mil anos
