Após deixar o Coritiba, Carlos Amodeo será novo CEO do Vasco

E segue forte a dança das cadeiras dos manda-chuvas no futebol brasileiro. Após ter sido desligado do Coritiba na última terça-feira (2) – segundo a versão oficial, sua saída se deu em comum acordo entre ele e a Treecorp, dona de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube paranaense -, o advogado Carlos Amodeo foi anunciado, nesta segunda-feira (8), como novo CEO do Vasco.

Ele terá a companhia de Raphael Vianna, que assumirá como diretor financeiro. Ambos terão uma missão e tanto pela frente, já que o Vasco enfrenta um dos períodos mais conturbados de sua história, em meio à saída da 777 Partners, que adquiriu 70% da SAF do clube em 2022, mas se afundou em uma grave crise financeira.

Na última sexta-feira, o presidente do Vasco, ex-jogador Pedrinho, declarou que a 777 Partners não administra mais clubes de futebol, por decisão da seguradora A-CAP, que passou a administrar os investimentos da empresa.

Os currículos de Amodeo e Vianna foram destacados em publicação feita pelo Vasco em suas redes sociais, com termos repletos de elogios.

“Com uma sólida experiência em gestão corporativa, além de carregar no currículo a atuação como CEO do Grêmio e Coritiba, o advogado Carlos Amodeo foi reconhecido com o melhor CEO de clubes de futebol, em 2018 e 2019, pelo Conafut. Raphael Vianna, por sua vez, é executivo com mais de 25 anos de experiência em finanças e sua última experiência foi como Diretor Financeiro do Cruzeiro SAF, onde liderou o processo de reestruturação financeira e captação de recursos do clube”, afirma a publicação.

Ainda de acordo com a postagem, a chegada da dupla ajudará a “qualificar a gestão corporativa e área de negócios da SAF”.

Antes de ir para o Coritiba, Amodeo havia sido CEO do Grêmio, de 2017 a 2022. Nesse período, o clube conquistou a Copa Libertadores de 2017, a terceira de sua história.

Mas também amargou o rebaixamento à Série B, em 2021 (coincidentemente o terceiro do clube na competição).

Trajetória no Coritiba

No Coritiba, sua trajetória durou pouco mais de um ano. Ele foi responsável por liderar uma reestruturação administrativa e dos contratos de patrocínio e fornecimento de material esportivo.

Dentro de campo, o clube foi rebaixado para a segunda divisão do Brasileirão em 2023, foi eliminado da Copa do Brasil 2024 e fez campanha decepcionante no Campeonato Paranaense.

O desgaste interno de Amodeo no Coritiba foi agravada por conta de uma divergência entre ele e Paulo Autuori, diretor técnico do clube, acerca da permanência no elenco de Alef Manga, jogador que esteve envolvido no esquema de manipulação de resultado e estará liberado para voltar a jogar a partir do dia 25 deste mês.

Enquanto o ex-CEO era a favor da reintegração de Alef Manga ao elenco, Autuori se posicionou contra a permanência do jogador. Antes, Amodeo também havia se envolvido em polêmica por conta de críticas à torcida do Coritiba, pelas quais chegou a se desculpar posteriormente.

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