Apesar do drama, Portela não renunciou e pode virar senador com ascensão de Tereza

O presidente estadual do Partido Liberal (PL), Tenente Portela, foi obediente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pode ser agraciado com um mandato de senador de pelo menos quatro anos.

O presidente do PL era um ilustre desconhecido quando foi colocado por Bolsonaro, a contragosto, como suplente de Tereza Cristina (PP) na disputa pelo Senado. Agora, pode ganhar um mandato de quatro anos, caso a senadora dispute e vença a eleição em 2026.

Tereza é um dos nomes cotados para disputa da presidência pelo Partido Progressista e ainda mais favorita a ser vice de um dos candidatos da direita. Com Bolsonaro inelegível, as chances dela crescem ainda mais e podem favorecer o afilhado do ex-presidente em Mato Grosso do Sul.

Nesta semana, a Polícia Federal vazou um diálogo onde Portela reclamava de Tereza Cristina para Bolsonaro, acusando-a de demitir a filha dele de um cargo no Governo do Estado. Na ocasião, ameaçou renunciar a o posto de suplente no Senado, mas Bolsonaro lhe proibiu de abrir mão do posto.

Obediente e esperto, Portela não levou o drama em frente e se manteve como suplente. Agora, pode ser beneficiado com um possível sucesso de Tereza nas urnas, que o levaria ao Senado.

Portela continua sendo beneficiado pela amizade e obediência a Bolsonaro. Atualmente, comanda o PL em Mato Grosso do Sul, mesmo sem mandato, tomando frente dos deputados federais Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon, bem como dos deputados estaduais Coronel David, Neno Razuk e João Henrique Catan.

Ele chegou à presidência depois que Pollon se recusou a apoiar o PSDB em Campo Grande e se lançou como candidato a prefeito. Bolsonaro, que havia fechado parceria com Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, acabou tirando Pollon da presidência, colocando Portela para dialogar com o PSDB, fazendo o PL abrir mão de candidatura em mais de 20 municípios.

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