Andressa Urach pode estar prejudicando a saúde gravemente por fazer limpeza intestinal para usar a ‘porta de trás’; veja
Andressa Urach, a maior criadora de conteúdo adulto no Brasil, não mediu papas na língua para dizer que faz amor pela ‘porta de trás’ todos os dias. Inclusive, ela disse que a dica para aguentar a prática é higienizar bastante o ânus com duchas, ou seja, a famosa “chuca”. Mas você sabia que a ex-Vice Miss Bumbum está prejudicando a própria saúde dessa forma?
O que é ‘fazer a chuca’?
A “chuca”, como é chamada no jargão popular, é uma limpeza no ânus e no reto feita antes da pessoa realizar o sexo anal. O procedimento, também conhecido como clister ou enema, é feito com o objetivo de evitar que as fezes saiam durante a relação sexual. A lavagem também é feita pontualmente antes de alguns protocolos ou exames médicos.
Existem matérias especializados para realizar “a chuca” da maneira mais eficaz e saudável. Porém, geralmente as pessoas fazem o procedimento usando os famosos “chuveirinhos” que ficam no banheiro ou até mesmo compartilham o material entre amigos.
“Tem gente que usa garrafa pet para fazer a lavagem, gente que usa utensílios pontiagudos que podem lesar a mucosa retal. Pessoas também introduzem a ducha higiênica no ânus, e isso pode causar lesões, sangramentos. Fazer uma lavagem eventualmente não vai ter problema se você tiver feito de forma adequada”, explicou Luciana Marzan, membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, em entrevista ao G1.
Riscos do procedimento
Um dos problemas mais graves é o compartilhamento do material, o que pode causar contaminação. A especialista ainda afirma que o enema mal feito também pode prejudicar o funcionamento e a flora intestinal. “Você pode lesar a mucosa do reto, ter sangramento, passar infecção. Quando você começa a fazer isso [a chuca] muito repetidamente, você pode alterar o equilíbrio que existe da própria flora intestinal e isso vai acarretando outros problemas”, disse.
Marzan ainda afirma que a alta frequência do protocolo pode gerar problemas ainda maiores: “Não é todo dia que fazemos sexo anal, mas caso você faça, não é ideal fazer a chuca antes de cada relação. Você pode alterar a flora, a mucosa, pode ressecar a área e ter muitos problemas”.
Qual é o jeito correto?
De acordo com a especialista, a maneira mais adequada é: não compartilhar equipamentos e não utilizar muita água. “Se você usar um volume grande de água, você não vai lavar só a região do reto, mas às vezes pode mobilizar fezes que estão mais em cima”, explicou.
Segundo ela, 150mL são o suficiente para limpar a região: “Vamos imaginar que o reto tem em torno de 15 centímetros. Você não precisa lavar mais pra cima, você precisa lavar apenas a região. O reto acomoda as fezes. Caso você não evacue, as fezes voltam para cima. Teoricamente, ele está sempre vazio”.
Quanto aos materiais, é indicado utilizar duchas higiênicas vendidas em farmácias, o ideal é comprar as descartáveis para que a pessoa não reutilize o produto: “Também temos nas farmácias uma solução específica para a lavagem do reto. É o que usamos para fazer exames”.

Luciana explica que, caso o primeiro jato de água saia limpo, pare! Se não, repita o procedimento duas ou três vezes no máximo: “Nunca use garrafa pet para fazer essa lavagem ou objetos pontiagudos, que podem ferir a região. Também não use laxantes e supositórios de glicerina”.
E o “chuveirinho”?
Segundo ela, não tem problema utilizar o chuveirinho do banheiro para limpar a parte externa do ânus, mas o objeto não deve ser introduzido: “Você deve usar a ducha para a limpeza externa. Se você introduzir o chuveirinho, você pode se machucar. Além disso, você vai conseguir controlar a pressão da água? Vai controlar a quantidade de água? Talvez você coloque mais líquido do que o indicado e ele vai subir. Essas fezes que estavam no intestino vão descer a situação pode ser pior.”
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