Frescura é réu por esquema de corrupção com Claudinho Serra
Thatiana Melo –
Ueverton da Silva Macedo, conhecido como Frescura, foi preso na última sexta-feira (25), após operação contra compra de votos em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande. Frescura é réu por corrupção e obstrução da Justiça.
O pedido de prisão foi deferido nesta sexta (25) pelo juiz de direito da Comarca de Rio Negro, Rafael Gustavo Mateucci Cassia. “Na qual se fez presente o Promotor de Justiça (por vídeo), Dr. Matheus Carim Bucker e o preso Ueverton da Silva Macedo, acompanhado do Defensor Público, Dr. Rodrigo Duarte Quaresma (por vídeo), em face ao cumprimento de mandado de prisão anteriormente expedido, consoante ofício encaminhado pelo Delegado de Polícia de Rochedo – MS (f. 01/02). Os atos restaram devidamente gravados em formato audiovisual, nos termos do art. 422 do Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça, cujo arquivo segue anexo a este termo.”, diz a decisão.
De acordo com a denúncia, em um dos endereços alvos da operação foi encontrado uma agenda com manuscritos e comprovantes soltos. Na agenda havia anotações de nomes de pessoas vinculadas à política municipal, e valores: R$ 3 mil associados a uma assessora da prefeita, Vanda Camilo (PP).
Também havia anotação relacionando ao valor de R$ 10 mil a um vereador que, atualmente, ocupa o cargo de vereador em Sidrolândia–, e, logo abaixo, valores idênticos, dessa vez atrelados a também um vereador em Sidrolândia/MS.
O Jornal Midiamax entrou em contato com o advogado de Frescura, Fábio de Melo Ferraz, para saber da prisão de Ueverton e a defesa não deu detalhes sobre a prisão. “Não tivemos acesso ao teor dos autos.”. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
O Midiamax entrou em contato a prefeita Vanda Camilo que não se reelegeu, mas fomos informados que no momento não poderia atender a ligação. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
Operação Vigília
A operação foi deflagrada no dia 4 deste mês, em Sidrolândia. Na época foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em residências e cinco mandados de busca e apreensão de veículos.
O cumprimento dos mandados decorreu de decisão judicial expedida pelo Juiz Eleitoral de Sidrolândia a requerimento do Ministério Público, que investiga o crime de compra de votos e demais crimes correlatos nesta eleição.
Os alvos da investigação estavam organizando e executando a compra de votos nesta reta final do pleito, bem como coagindo eleitores a votar nos candidatos apoiados pelos investigados.
Nas buscas, foram apreendidos diversos celulares, veículos dos investigados e o valor aproximado de R$ 75 mil em espécie, além de lista de eleitores e cabos com valores anotados. Apenas em uma residência, havia uma lista com 900 nomes, ao lado de valores, que variavam entre R$ 150 e R$500 reais. Também foram encontrados santinhos eleitorais.