Ator e influenciador foram alvos da operação
Dândara Genelhú –
Após operação da PF (Polícia Federal), a empresa Tag ME Mídias se posicionou sobre as investigações realizadas na manhã desta quinta-feira (3) em Campo Grande. A empresa afirmou que fez orçamento para ator parecido com Beto Pereira (PSDB).
Nota assinada pelos advogados de defesa da empresa, apontam que o empreendimento atua no ramo de marketing. “Uma de suas principais atividades é fornecer casting de atores, modelos e figurantes para diversas produções, como anúncios publicitários, filmes, eventos e ações promocionais”, explicou a empresa em nota.
Assim, disse que em 31 de agosto foi procurada por produtora para contratação de ator com as características do candidato tucano. “A empresa foi contatada pela produtora Iolanda Pereira de Araújo, que solicitou um orçamento para a contratação de um ator com características físicas semelhantes ao candidato à prefeitura de Campo Grande, MS, Beto Pereira”.
Sem roteiro
Contudo, pontuou na nota que não tinham detalhes sobre as gravações. “Não foi tratado nada sobre roteiro, pois a solicitação estava limitada exclusivamente ao citado perfil”, apontou a nota.
Por fim, destacou que a empresa não se envolveu em atividade de campanha eleitoral. “A negociação não foi concluída e a contratação do ator jamais aconteceu, ou seja, não há nenhuma ligação da TAG ME MÍDIAS com a suposta veiculação de fake news envolvendo qualquer político”, afirmou.
O Jornal Midiamax acionou a produtora citada por meio de e-mail cadastrado junto ao CNPJ da empresa. No entanto, não houve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamento da parte.
Ação da PF
Conforme apurado pela reportagem e confirmado pelo comitê da campanha de Beto, trata-se de liminar concedida pelo desembargador Sideni Pimentel. O objetivo é identificar os financiadores das produções.
Tudo partiu de denúncia de que agência de atores teria sido contratada para selecionar ator parecido com o candidato. Então, a agência criaria vídeo imitando Beto Pereira. O material chegou a ser divulgado em grupos de WhatsApp.
Assim, a PF apreendeu computadores, celulares e documentos na sede da agência e no endereço dos outros dois investigados.