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Álvaro Pacheco e Pedro Martins são apresentados no Vasco com discurso que varia do otimismo ao realismo

Álvaro Pacheco e Pedro Martins são apresentados no Vasco com discurso que varia do otimismo ao realismo


‘Não vim para vender sonhos’, diz executivo, que promete projeto para o futebol; português fala em construção gradual de ideia de jogo Foi com otimismo e realismo que o Vasco apresentou a nova “linha de frente” do futebol. O técnico Álvaro Pacheco e o diretor executivo Pedro Martins conversaram com jornalistas pela primeira vez e foram objetivos sobre assuntos como o futuro imediato do clube e a possível chegada de Philippe Coutinho.
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O trabalho já vinha sendo realizado há algumas semanas no caso de Martins. Já caso de Pacheco, há quase uma semana.
Em meio ao imbróglio judicial entre clube associativo e 777 pelo controle do clube, o executivo foi direto sobre o panorama da janela de transferências de julho: o caixa é limitado e será preciso um trabalho “criativo”.
Álvaro mostrou alegria por chegar ao cruz-maltino e fez elogios ao elenco:
— Quando chegamos num elenco, há sempre uma identidade. Encontrei uma identidade muito boa, um elenco solidário e ambicioso. Sinto também uma vontade muito grande de aprender coisas novas. Temos uma equipe intensa, aguerrida e corajosa, temos de usar isso em todos os treinos, todos os momentos.
Veja as respostas:
Chegada ao Vasco
Pedro Martins: Minha conversa com o Vasco vem de antes do jogo do Criciúma. Estava muito contente, motivado. O resultado foi algo que não estava sendo projetado. A minha vinda seria pra outra semana, mas acabei antecipando para contribuir. Era um momento de dificuldade e pra ajudar na busca pelo treinador.
Conversei com muita gente, diversos setores, jogadores. Entender que tipo de líder o clube precisava. Foram dias intensos para entender o Vasco. A partir dali, saímos com o diagnóstico e culminou no perfil desejado. Vamos atrás de nomes até chegar no Álvaro. Queríamos uma forma de jogar bem clara, que representasse o Vasco, e o perfil de liderança certo.
Philippe Coutinho
Pedro Martins: Parte do diagnóstico foi análise de cenário financeiro, do que poderíamos fazer na janela. O Vasco tem um orçamento limitado para esse janela, não está com os cofres cheios para grandes investimentos nessa janela. Isso leva ao fato do Coutinho querer estar aqui. A briga não é financeira. É uma conversa com alguém que quer estar no Vasco. O que é o projeto do Vasco hoje e a importância dele nesse cenário. Não dá para cravar que ele vem, mas é alguém que quer estar no Vasco.
SAF e Pedrinho
Pedro Martins: Desde a decisão judicial, o Pedrinho foi muito cuidadoso em fazer algumas ligações. Com o Lúcio, para alinhar detalhes e construir detalhes. E me liga para uma conversa no mesmo nível. Está muito preocupado com o ambiente dentro do CT. Todas as conversas foram muito positivas, todos estão preocupados com o bem do Vasco e em proteger esse ambiente do CT.
A entrada dele não foi abrupta. Todas as conversas deram muita confiança. Desde então, trocamos muitas ideias, vejo muita sinergia nos pensamentos dele e do Lúcio quanto ao departamento do futebol. Estamos muito unidos.
O que encontrou nos primeiros dias de Vasco
Álvaro: Encontrei um clube com um foco muito grande. Todos unidos em prol do clube para ele ser mais forte. Foi o que senti desde cedo. Tudo bem objetivo. Uma atmosfera muito grande em volta do bem maior. Vamos trabalhar um conceito de jogo novo para o próximo desafio. Uma equipe competitiva com orgulho de quem nós somos.
Primeiros treinos
Álvaro: Quando chegamos num elenco, há sempre uma identidade. Encontrei uma identidade muito boa, um elenco solidário e ambicioso. Sinto também uma vontade muito grande de aprender coisas novas. Temos uma equipe intensa, aguerrida e corajosa, temos de usar isso em todos os treinos, todos os momentos.
Primeiro contato com os jogadores
Álvaro: Em alguns clubes com essa dimensão, não há simbiose nos departamentos. Aqui há essa simbiose. Encontrei uma equipe com mentalidade de campeã.
Troca do Cruzeiro pelo Vasco
Pedro: Sempre me enxerguei como uma pessoa de desenvolver projetos. Estava terminando um período de dois anos e meio no Cruzeiro. Intenso, de reconstrução e com orçamento baixo. Entendi que estava chegando num final de um ciclo. Quando recebi a ligação do Vasco, senti que poderia ser um próximo passo interessante.
Achei que faria sentido porque eles queriam alguém que não olhasse só para mercado, mas para categorias de base futebol feminino. Não só no imediato, mas no longo prazo.
Meta do Vasco no ano
Pedro: Por tudo que vem sendo feito, é natural que o clube pense em voltar ao cenário internacional. É uma meta importante e acredito que é factível e possível. Tanto pelo elenco quanto pelo trabalho do Álvaro.
Orçamento
Pedro: Nem é prudente falar em números. Sendo bem sincero, o orçamento é restrito. O Vasco já fez alguns movimentos importantes no início do ano. Vamos fazer movimentos inteligentes e criativos.
Temos um elenco já qualificado. Precisa de alguns ajustes, mas já é qualificado. A ideia é tirar ainda mais.
Modelo de jogo do Vasco
Álvaro: É um grande batismo estrear no clássico. Pra essa ideia de jogo fluir, criar hábitos e rotinas, leva um tempo.
Clayton
Álvaro: Aqui temos vários jogadores que já passaram pelo futebol português. Procuro trabalhar uma ideia flexivel. Nessa primeira fase vamos manter um (centroavante). O importante quando se passa uma ideia de jogo é que tenha um crescimento sustentável. O nosso desafio é que o nosso jogar nunca está fechado.
Contexto tático do elenco
Álvaro: É uma grande estreia. O que presenciei no outro jogo, a envolvência, a paixão. Temos treinado duas variantes, linha de quatro defensores de cinco. Nossa preocupação e passar referências e comportamentos.
Autonomia do diretor executivo
Pedro: Um dos diagnósticos que foi me passado é que o Vasco pensou muito no imediato e deixou de pensar no futuro. As vezes tomar decisões duras e difíceis. A gente está muito alinhado e a minha felicidade é que o Pedrinho pensa da mesma maneira.
Se você não tiver uma lógica bem estabelecida, pode ter um caminhão de dinheiro que vai gastar errado. Na construção da janela, a decisão do treinador, do presidente e do gestor são importantes. Não estou aqui para dar notícia boa, estou aqui para dar a possível. Não estou aqui para vender sonhos, mas construir.
Dentro da janela é fazer o que o Vasco pode pagar, montar uma equipe competitiva com o que o Vasco consegue pagar. Temos um grupo muito bom e os ajustes que vamos fazer é para potencializar.
Ainda sobre autonomia
Pedro: Estou aqui para desenvolver o projeto de futebol. Não quero a chave do clube. Fui contratado num clube que tinha dono e agora tem presidente, mas tem uma diretriz. Não vamos ao mercado para fazer algo que não vamos conseguir executar. Hoje, o modus operandi de contratação é sentar eu, Álvaro, Lúcio e Pedrinho numa mesa.
Futuro financeiro do Vasco
Pedro: Isso vai estar alinhado ao que vão ser os próximos passos da instituição. O Pedrinho está capitaneado continuação deles ou não, venda. A projeção financeira vai estar muito alinhada a isso. Existem diversos caminhos, a gente precisa escolher o melhor.
O que espera do Coutinho
Álvaro: Não há treinador no mundo que não tenha. No clube que ele for, espero que seja o Vasco, vai ter um impacto muito grande. Não só pelo que vai trazer esportivamente, pelos jogadores da base, trazer esses valores. Esperar que se resolva o mais rapidamente possível.
Vê o Flamengo como favorito? É possível jogar de igual para igual?
Álvaro: A estratégia não vou dizer (risos). É uma equipe muito rotinada, com uma equipe muito bem montada. Antes de cada jogo, temos como ganhar. É ir para o jogo e sermos nos, jogar para ganhar. Isso é ser Vasco.
Segundo jogo contra Palmeiras e Abel Ferreira
Álvaro: A forma como fui recebido, com minha marca da boina, é indiscutível, só tenho a agradecer. E traz responsabilidade de ter uma equipe que jogue e dê orgulho. São dois desafios de grau de dificuldade elevado, mas temos que ser capazes de encontrar esses desafios e enfrenta-los. Vão ser dois desafios fantásticos.
Saídas na janela?
Pedro: O clube não recebeu nenhuma proposta de saída. Tem uma distância para janela. Se isso acontecer, vamos avaliar caso a caso, sentar com o Álvaro e com os jogadores, se pode fazer bem para o jogador, pensando na composição do elenco, também.

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