Alexandre Leitão deixa o cargo de CEO do Athletico-PR

Durou sete meses a passagem de Alexandre Leitão como CEO do Athletico-PR. Contratado com muita expectativa em dezembro do ano passado, o executivo definiu sua saída do cargo neste fim de semana, em meio a uma desavença com o presidente Mario Celso Petraglia.

Conforme a Máquina do Esporte apurou, a relação entre Leitão e Petraglia era amistosa, embora já não fosse amigável. No momento da contratação, o presidente teria prometido autonomia total ao executivo, promessa que, segundo fontes ouvidas pela reportagem, nunca se concretizou na prática.

A “gota d’água” para sua saída veio na rodada do último fim de semana do Brasileirão da Série A, competição na qual o Athletico-PR ocupa a sexta posição na tabela, com 25 pontos, seis a menos que o líder Flamengo.

O time paranaense viajou a Goiânia para enfrentar o Atlético-GO, pela 15ª rodada do Brasileirão. O Furacão venceu o jogo por 2 a 1, mas acabou perdendo o CEO.

Isto porque Leitão optou por não viajar à capital de Goiás acompanhando o elenco, devido a problemas pessoais. A decisão deixou Petraglia contrariado e, na discussão que se seguiu, o “casamento” com o executivo chegou ao fim. Leitão chegou ao Athletico-PR substituindo Alexandre Mattos, que havia ido para o Vasco, a convite da 777 Partners, e atualmente é CEO do Cruzeiro.

Com experiência em grandes empresas como Ambev e Octagon, Alexandre Leitão foi CEO do Orlando City, clube que disputa a MLS, nos Estados Unidos, por quase sete anos.

Na época em que ele foi anunciado como CEO do Athletico-PR, chegaram a circular na imprensa brasileira rumores de que que sua contratação seria parte do enredo que culminaria com a compra de parte da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Furacão por Zygi Wilf, acionista majoritário do Orlando City e proprietário do Minnesota Vikings, time que disputa a NFL.

Essa hipótese, porém, nunca se concretizou. O modelo de SAF adotado pelo Athletico-PR não prevê, inicialmente, a entrega do controle de seu capital a investidores externos. A ideia original é de que o clube continue a controlar pelo menos 50% das ações, mantendo poder de veto sobre mudanças radicais como símbolos, nome, cidade ou cores da camisa.

LFU

Durante sua passagem pelo Athletico-PR, Alexandre Leitão liderou a Liga Forte União (LFU), da qual o clube paranaense faz parte. Não está claro, neste momento, se com sua saída do clube ele irá se afastar definitivamente do grupo.

Vale lembrar que, antes de ir para o Furacão, Leitão chegou a ser sondado tanto pela LFU quanto pela rival Liga do Futebol Brasileiro (Libra) para assumir um cargo executivo.

Entre as iniciativas realizadas por ele no clube, ao longo desses sete meses enquanto CEO, estão a modernização tecnológica da Ligga Arena e a parceria com a Ambev, que resultou na instalação de uma choperia no estádio, considerada a maior do Brasil com vista para o campo.

Já as promoções criadas pelo executivo para atrair torcedores à Ligga Arena fizeram a média de público saltar de 10,9 mil torcedores, na temporada passada, para 24,1 mil, neste ano. A renda média bruta com bilheteria passou de R$299.494, em 2023, para R$781.404,20, em 2024, aumento de 261%.

Fonte

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