
Segundo estudo da Proteste, consumo de apenas duas fatias do alimento poderia resultar em problema com Detran Você já comeu pão de forma e sentiu um gostinho de bebida alcoólica? Não foi apenas uma impressão, segundo a associação de defesa do consumidor Proteste. Em um estudo inédito, a entidade identificou a presença de alto teor de álcool nas formulações de oito entre dez marcas muito consumidas pelos brasileiros. E em três casos, o consumo de apenas duas fatias do alimento poderia resultar até em uma leitura positiva no bafômetro.
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A avaliação foi feita em 10 marcas líderes de vendas: Visconti, Bauducco, Wickbold 5 Zeros, Wickbold Sem Glúten, Wickbold Leve, Panco, Seven Boys, Wickbold, Plusvita e Pullman. E, de acordo com a Proteste, a maioria dos produtos seriam considerados alcoólicos caso houvesse uma legislação similar para essa categoria: Visconti, Bauducco, Wickbold 5 zeros, Wickbold Sem Glúten, Wickbold Leve, Panco, Seven Boys e Wickbold. Apenas os produtos Pulmann e Plus Vita foram aprovados.
Ainda no relatório, a Proteste avalia que, no consumo das marcas Visconti, Bauducco e Wickbold 5 Zeros, apenas duas fatias das amostras analisadas poderia resultar em uma leitura positiva no bafômetro. Isso porque, de acordo com índices do Detran, a quantidade segura de álcool no organismo seria abaixo de 3,3g.
Todas as marcas foram procuradas pela reportagem do EXTRA, mas não enviaram posicionamento até o horário desta publicação.
Qual é a razão do teor alcoólico?
A explicação para o alto teor alcoólico, aponta Henrique Lian, diretor executivo da Proteste, está na opção que algumas indústrias fazem para evitar mofos. A fabricação de pães envolve fermentação, onde os açúcares da massa são transformados em álcool etílico e gases, e frande parte desse álcool evapora no forno. Porém, algumas indústrias diluem conservantes na substância para evitar o mofo e, se as aplicações forem elevadas, o produto final permanece com teor elevado de etanol.
Entidade quer limite e aviso para consumidor
A entidade enviou um ofício com os resultados do teste para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sugerindo estabelecimento de percentual máximo de álcool (por exemplo, 0,5%) e ações de fiscalização quanto aos teores de agentes conservantes anti-mofo e o teor de álcool. O EXTRA também buscou os posicionamentos do MAPA e da Anvisa, mas não obteve resposta.
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Para a Proteste ainda, se os produtos analisados fossem medicamentos fitoterápicos, seriam considerados dignos de advertência alcoólica, já que ultrapassam níveis de dose de álcool permitidos para crianças. Assim, a defesa da entidade é que isso seja avisado ao consumidor, que podem inclusive ser grávidas e lactantes.
— Temos a certeza de que esses produtos com elevado teor alcoólico, para a categoria pão de forma, seriam evitados por numerosos consumidores, seja por motivos de saúde, orientação religiosa e outros, se fosse de seu conhecimento o que pudemos constatar. Por isso, criamos a campanha ‘Se tem Álcool, todo mundo tem direito de saber’, porque é nossa obrigação sermos mais transparentes com os consumidores — defende Henrique Lian, diretor executivo da Proteste.
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