A decisão de Rose Modesto (União) sobre candidatura ou não na Capital influenciará no futuro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Campo Grande. Uma parte do partido, liderada por Zeca do PT e Vander Loubet (PT), defendem que o partido discuta melhor a decisão de ter candidatura própria.
Vander e Zeca, inclusive, convocaram uma plenária conjunta das frentes Construindo um Novo Brasil (CNB) e Resistência Socialista, ambas do PT, para o dia 22 de fevereiro, justamente para falar sobre eleições municipais.
A reportagem apurou que embora defendam aliança com Rose, Zeca e Vander não devem entregar o apoio de maneira tão simples. Eles defendem que o partido recue, mas com algumas condições.
Na avaliação de Vander e Zeca, seria inviável uma candidatura concorrendo com Rose, que pode levar a um voto útil, prejudicando Camila Jara (PT). Eles defendem candidatura do partido se Rose não for candidata. Todavia, não devem apoiar Rose sem uma aliança maior.
“A Camila é a candidata nossa. Não temos proposta de aliança. É natural que as correntes debatam. Algumas fazem o debate interno, se é melhor manter candidatura própria ou possibilidade de aliança. Porém, para ter, precisa ter um convite para aliança e uma aliança que tenha o PT como vice e também passe pelo apoio a Lula em 2026 ”, declarou Vander Loubet.
O deputado afirma que conversou recentemente com Camila Jara e observou que ela está “tranquila e madura, ciente da importância que tem no processo eleitoral”. O PT escolheu Camila como candidata, mas a posição de Zeca e Vander, abrindo possibilidade de aliança com Rose, reacendeu o debate interno no partido.
Rose, por sua vez, ainda não decidiu se será ou não candidata. Superintendente do Desenvolvimento do Centro-Oeste na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ela precisará sair do cargo até 5 de abril, caso queira concorrer.