Em abril, a Adobe lançou o Adobe Firefly Image 3 Foundation Model, mais uma atualização da sua inteligência artificial (IA) generativa capaz de gerar imagens a partir de descrição em texto. Disponível como um complemento para o Photoshop, mas também de forma independente, a ferramenta permite explorar a criatividade com criações elaboradas por modelos também de forma gratuita.
Inaugurado em março de 2023, o Adobe Firefly já recebeu várias atualizações. Cada iteração acrescentou funções inéditas à ferramenta, bem como aperfeiçoamento do modelo, possibilitando resultados ainda mais convincentes e precisos.
Segundo a Adobe, o modelo Firefly Image 3 entrega:
- Melhor qualidade na geração de imagens;
- Maior variedade em resultados gerados a partir de uma única solicitação;
- Mais variações de imagens aprimoradas com opções variadas;
- Melhor compreensão de prompts e composição de cenas complexas;
- Capacidade aprimorada de levar em conta imagens de referência.
Além da integração com o Photoshop, que inclui capacidades como o “Preenchimento generativo”, o Adobe Firefly também está disponível como app individual. Colocando a IA à prova, o TecMundo resolveu experimentá-lo.
Como é usar o Adobe Firefly?
A ferramenta Adobe Firefly é acessível pelo navegador. A página principal do site convida o usuário a experimentá-la gratuitamente, explicando algumas de suas funções e dando exemplo de solicitações. É necessário fazer login para colocar a IA para funcionar.
A página principal do Adobe Firefly dá sugestões de prompts.Fonte: Adobe/Reprodução
De forma geral, a experiência inicial é bem completa, principalmente quando comparado com outros modelos multimodais mais populares, como o Copilot da Microsoft. O Adobe Firefly permite inserir a solicitação em texto e aplicar mudanças manuais a partir de uma coluna à esquerda, escolhendo aspectos como:
- Modelo;
- Proporção da imagem;
- Estrutura;
- Referência;
- Tipo de conteúdo (ilustração ou foto);
- Estilos;
- Efeitos;
- Cor;
- Tom;
- Iluminação;
- Ângulo de câmera.
As adições permitem que o usuário aperfeiçoe os resultados gerados pela IA, mas sem necessariamente incluir as informações no campo de texto — processo um tanto mais complexo para usuários menos familiarizados com ferramentas da categoria. É possível explorar as possibilidades a partir de uma única solicitação, testando temas, formatos, estruturas e proporções para criar a arte esperada.
Explorando opções
A partir de um único prompt, é possível extrair infinitas imagens. Cada uma das opções oferecidas no app possibilita a criação de cenas extras, sejam elas imagens mais realistas ou ilustrações quase abstratas.
As opções de edição à esquerda permitem aperfeiçoar os resultados sem depender da descrição em texto.Fonte: Igor Almenara/TecMundo
Neste caso, entra a opção “Intensidade visual” da aba “Estilos”. Ao ajustar essa barra, o usuário pode determinar o quão “emocionante” quer que o resultado seja — quanto maior a intensidade, mais surreal ficam as imagens. Se o usuário busca algo mais próximo da realidade, reduzir a intensidade é a melhor opção.
O Adobe Firefly também consegue fazer fusões entre imagens, dada a capacidade do modelo de interpretá-las. Assim, você pode fundir criações, sejam elas obras suas ou imagens de referência disponíveis na galeria da Adobe.
A ferramenta dispõe opções de edição suficientes para oferecer certa complexidade. Portanto, é possível tanto brincar com o Firefly e criar imagens inéditas e curiosas, bem como utilizá-lo para criações que exigem um pouco mais de precisão.
Aprendendo a usar a IA do Adobe Firefly
Assim como qualquer outro modelo generativo, quanto melhor é a descrição, melhor é o resultado — com o Adobe Firefly isso não é diferente. A IA é capaz de gerar imagens impressionantes se o usuário souber descrevê-la com riqueza de detalhes para o modelo.
Sem reparar em detalhes, é quase impossível dizer que a imagem foi gerada por IA.Fonte: Igor Almenara/TecMundo
Somada às opções de edição disponíveis à esquerda, os melhores resultados podem ser alcançados com ainda mais facilidade. Ainda é preciso certo aperfeiçoamento e paciência por parte do usuário, principalmente para entender as diferença entre Estrutura e Referência, bem como a aplicabilidade dos efeitos e ajustes finos (Cor e tom, Iluminação e Ângulo de câmera), mas nada que algumas experimentações não resolvam.
Problemas persistem
Naturalmente, o Adobe Firefly não está livre dos problemas inerentes aos modelos generativos de sua categoria. Portanto, se o usuário não souber descrever a posição das mãos, por exemplo, é bem possível que os dedos apareçam todos trocados na imagem final.
Contudo, é possível extrair imagens bastante convincentes a partir da ferramenta, principalmente se não há detalhes muito minuciosos na figura. Abaixo, confira alguns dos testes feitos pelo TecMundo:
Essa imagem foi gerada com o Adobe Firefly.Fonte: Igor Almenara/TecMundo
Essa imagem foi gerada pelo Adobe Firefly.Fonte: Igor Almenara/TecMundo
Essa imagem foi gerada com o Adobe Firefly.Fonte: Igor Almenara/TecMundo
Essa imagem foi gerada com o Adobe Firefly.Fonte: Igor Almenara/TecMundo
Uso gratuito é limitado
A estratégia da Adobe é permitir que todos possam ao menos experimentar o Adobe Firefly, mas o uso gratuito é limitado. Todos os usuários gratuitos possuem uma quantidade limitada de créditos mensais para usar na geração de imagens.
Atualmente, a Adobe concede 25 créditos todos os meses para cada conta. É possível assinar o serviço de forma individual por R$ 23 por mês, garantindo 100 créditos generativos no período, retirada da marca d’água e 100 GB de armazenamento na nuvem da empresa.
O plano mais caro, o Adobe Express, custa R$ 47 por mês e inclui todas as vantagens do pacote mais econômico, mas com 250 créditos generativos por mês, mais modelos premium para publicações, controle de animação para texto, fotos, vídeos e elementos de design e milhões de imagens do Adobe Stock.
Se ficou curioso e quer conhecer mais do Adobe Firefly, visite o site oficial da ferramenta. Não deixe de contar ao TecMundo o que achou da nova ferramenta nas redes sociais.