O pré-candidato do MDB à Prefeitura de Campo Grande, André Puccinelli (MDB), tem um obstáculo grande para efetivar a candidatura à prefeitura. O problema, que antes era só financeiro, segundo Puccinelli, passou a ser político.
Os diretórios nacionais do MDB e PSDB trabalham para uma federação para as eleições de 2026, com objetivo de bater de frente com PL e PT, mas este acordo passa pela eleição deste ano, o que pode influenciar em vários estados, incluindo Mato Grosso do Sul. Os dois partidos tentam um acordo em vários municípios, como uma sinalização de que realmente estarão lado a lado.
O MDB tem como prioridade a reeleição de Ricardo Nunes em São Paulo, município com o maior eleitorado do País e tenta convencer o PSDB a apoiá-lo. Hoje, os tucanos sinalizam apoio à Tabata Amaral (PSB) ou falam em lançar José Luiz Datena, hoje no PSDB.
André Puccinelli já comunicou ao diretório que é pré-candidato e pediu ajuda financeira, o que não será problema, já que agora tem como principal barreira esse acordo nacional.
A aliança do PSDB com MDB em São Paulo implicará em retribuição do MDB nos três estados comandos por tucanos: Rio Grande do Sul, com Eduardo Leite, Pernambuco, com Raquel Lira, e Mato Grosso do Sul, comandado com Eduardo Riedel.
A reportagem apurou que o MDB em Mato Grosso do Sul já foi comunicado que se a aliança for fechada, o partido precisará apoiar o candidato do PSDB em Campo Grande, deputado Beto Pereira.
Para Puccinelli e o grupo que defende a candidatura dele, o momento é de torcer contra a aliança para que o partido depende apenas da vontade do ex-governador para tentar voltar a comandar a Capital. A situação do MDB de MS é diferente de outros estados, porque não tem deputado federal eleito, o que mais importa para os partidos, já que define tempo de televisão e fundo partidário.
A situação é muito diferente do Pará, por exemplo, onde o partido fez nove deputados federais, dos 17 possíveis. Lá, o MDB tem preferência na aliança com PSDB.
A reportagem entrou em contato com André Puccinelli, que não retornou até a publicação. Entre os primeiros colocados nas pesquisas, ele é um dos mais assediados pelos demais candidatos.