Polícia Federal abriu investigação após denúncias que o lobista Silvio Barbosa de Assis cobrado propina de donos de empresas de apostas esportivas em troco de livrá-los de investigação aberta na CPI das Bets. A presidente da Comissão, Soraya Thronicke (Podemos), emprega irmã e o genro do suspeito no gabinete dela em Brasília.
Conforme a Folha de SP, Sílvio é velho conhecido da política e da polícia em Brasília. Uma das vítimas relatou ao jornal que o empresário a procurou em novembro, na Capital Federal. Assis teria pedido R$ 50 milhões ao dono da empresa para evitar ser convocado ou indiciado na comissão investigativa.
Segundo as vítimas da suposta extorsão, Silvio se apresenta como pessoa influente entre senadores – casa legislativa onde ocorre a CPI – que fazer parte da investigação. Ao jornal, o lobista disse que está construindo um documentário sobre o tema, que pretende vender para as principais plataformas de streaming do mercado.
”Como é que eu vou extorquir se não sou senador ou membro de CPI?”, respondeu Silvio à Folha.
Soraya
Soraya e Silvio Assis, diz a Folha, se aproximaram há cerca de quatro anos e ela contratou irmã e o genro dele em gabinete no Senado. A senadora por MS disse que acionou a PF e disse que pessoas podem estar pedindo propina usando o nome dela e que isso é algo grave.
A parlamentar de MS detalhou que contratou os familiares do lobista com base em perfil técnico. Ela teria autorizado a PF a quebrar sigilos bancário, fiscal e telemático.
O jornal paulista anotou que a suspeita envolvendo Silvio e a CPI das Bets foi trazida pela Revista Veja e, até a data da publicação da reportagem, o lobista circulava pelo Senado e acompanhava os depoimentos de testemunhas e investigados pessoalmente.