O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou, nesta quarta-feira (18), a Operação Pretense para investigar o desvio milionário na obra do hospital municipal de Coronel Sapucaia. Além do desvio, os promotores investigam o uso de material de qualidade ruim e até reaproveitado.
Somente o Governo do Estado repassou R$ 9,2 milhões para a prefeitura, comandada por Rudi Paetzold (MDB), construir a unidade de saúde, que terá 17 leitos de adulto, oito leitos pediátricos e dois leitos pós-parto.
“A investigação aponta a existência de indícios da prática de crimes de fraude a processos licitatórios e contratos deles decorrentes, envolvendo núcleo de empresas pertencentes a grupo familiar de Coronel Sapucaia, uma delas inclusive sem possuir sede, patrimônio ou funcionários, contratada para consecução de obra milionária do hospital municipal”, informou a assessoria do Ministério Público Estadual.
“’Operação Pretense’, que em inglês significa ‘falsa aparência’, remete às obras realizadas pelas empresas com serviço de qualidade ruim e emprego de materiais reaproveitados, em verdadeira situação mascarada para desvio de recursos públicos”, explicou.
A obra do hospital começou em 2022 e ainda não foi concluída. Com a deflagração da Operação Pretense, o Gaeco deve responder um dos principais questionamentos do moradores, por que o hospital ainda não ficou pronto?