Caso Sophia: Promotoria pede e julgamento de padrasto e mãe é adiado em Campo Grande

O julgamento do caso Sophia OCampo, morta aos 2 anos, foi redesignado, depois que a promotora Lívia Carla Bariani pediu pela redesignação do  júri. O julgamento havia sido marcado para os dias 6 e 7 de novembro.

O pedido de redesignação foi acatado pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, no dia 20 de setembro. A promotora alegou que nos dias marcados para o júri, ela estaria em um evento em Dourados e na semana seguinte em um encontro nacional em Brasília.

Com isto, o julgamento de Stéphanie de Jesus e Christian Campoçano Leitheim, mãe e padrasto de Sophia de Jesus Ocampo, foram marcados para os dias 27 e 28 de novembro.

A defesa de Stéphanie pediu para separar os processos e também alegou conflito de agendas para os dias 27 e 28 de novembro. Mas sobre estes pedidos o magistrado ainda não se manifestou.

Em julho deste ano, a mãe de Sophia pediu para ir a julgamento separadamente do padrasto da menina. “Ademais, ao menos em relação a pronunciada, a demora está causando prejuízos, vez que, o recurso foi distribuído em 2ª Instância em 04/04/2024, sendo que a última análise da revisão da sua prisão ocorreu em 06.04.2024 – fls. 2784/2787. Resta visível, portanto, que a separação do feito é medida que se impera no caso em testilha”, alegou a defesa na época.

Christian responde por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, contra menor de 14 anos e por estupro de vulnerável. Já a mãe, Stéphanie, é ré por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e por omissão.

O casal negou a autoria dos crimes durante audiência, em dezembro passado, e culpou um ao outro pela morte da criança.

Assassinato de Sophia

Sophia morreu em janeiro de 2023, após passar por várias internações. Assim, as investigações mostraram que a mãe levou a menina até uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), já sem vida. A mulher chegou ao local sozinha e informou o marido sobre o óbito.

Além disso, a polícia identificou indícios de estupro na vítima. Ainda durante as investigações, uma testemunha contou que após receber a informação sobre a morte de Sophia, o padrasto teria dito a frase: “minha culpa”.

Também uma das contradições apontadas na investigação é o fato da mãe dizer que antes de levar a filha para atendimento médico, a menina teria tomado iogurte e ido ao banheiro.

Essa versão é contestada pelo médico legista, que garantiu que com o trauma apresentado nos exames, a criança não teria condições de ir ao banheiro ou se alimentar sozinha.

Por fim, a autópsia apontou que Sophia pode ter agonizando por até seis horas antes de morrer. Após o início das investigações, a polícia prendeu o padrasto e a mãe da menina. Eles seguem presos.

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