A jovem atriz Andréa Bak, Esperança em ‘No Rancho Fundo’, expõe fala de Andréa Beltrão que nunca vai esquecer; confira
A atriz Andréa Bak, de 23 anos, está vivendo um sonho com Esperança, sua primeira personagem em ‘No Rancho Fundo’, novela das seis da Globo. A jovem, no entanto, está mais do que familiarizada com o elenco e vivendo experiências marcantes.
Momentos em ‘No Rancho Fundo’
Em entrevista para Contigo!, Andréa – que também é poeta e rapper – está na trama global no núcleo principal. Ao lado dos protagonistas, ela se surpreendeu principalmente com um elogio de sua xará, Andréa Beltrão, em uma cena intensa de gravação:
Ela [Andréa Beltrão] disse que ‘gostava muito de trabalhar comigo’. Me senti honrada e muito mais orgulhosa da minha postura em cena”, declarou Andréa Bak.
Esse momento marcante aconteceu no início da suas gravação na trama, quando contracenou com grandes nomes da teledramaturgia como Andréa Beltrão, Alexandre Nero e Haroldo Guimarães. “A partir daquele dia, vi que meu caminho seria mais iluminado do que pensava”, conta.
Com uma trajetória que abrange atuação, poesia e rap, Andréa vê essas artes como complementares, em vez de concorrentes. Desde cedo, ela esteve imersa no meio artístico, explorando diversas formas de expressão, como jazz, violino e teatro. “Quando comecei a recitar minhas poesias nas ruas, entrei no movimento do slam e do rap, mas já era atriz. Acredito que todas essas artes se completam”, explica.
Cada uma de suas facetas artísticas trouxe momentos inesquecíveis. Como poeta, o ápice foi abrir o show da Alcione para 13 mil pessoas. No rap, destaca o show com o grupo Nefetaris Vandal, onde abriram para MV Bill e Camila CDD. E, claro, sua atuação em ‘No Rancho Fundo’ é um ponto alto em sua carreira de atriz.
+ Esperança em ‘No Rancho Fundo’, Andréa Bak deseja vilã: “Mercenária, bem má”
Com formação em química, Andréa acredita que essa base enriquece sua abordagem artística. “Um ator que só conhece seu ofício não é tão rico culturalmente como um que já passeou por muitas perspectivas e mundos”, afirma. Entre suas inspirações, ela menciona Angela Davis no audiovisual e Hilton Cobra no teatro, duas figuras que moldam sua visão e atuação no meio artístico.
Para Andréa, a representatividade nas novelas e na mídia é uma questão de reparação histórica. “Estar imerso na arte não é novidade para nós, que temos o sangue da África correndo pelo corpo. Ser reconhecido nesse lugar é reparação”, enfatiza. Seu engajamento social também influencia suas escolhas artísticas, como recusar papéis que perpetuam estereótipos, defendendo a importância de atores trans interpretarem personagens trans, por exemplo.
Andréa compartilha que os desafios enfrentados como mulher negra e LGBT na indústria do entretenimento são semelhantes aos vividos em qualquer outro setor. “Enquanto o machismo e o racismo gritam, eu atuo, canto e declaro poemas combatendo-os com muita estratégia”, diz, destacando a importância de movimentos como o negro para conquistar mais espaço e representatividade.