A deputada estadual Gleice Jane (PT) protocolou na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), na última sexta-feira (5), uma indicação ao Poder Executivo pedindo que sejam investigados possíveis danos ambientais no Rio Aquidauana com o despejo de esgotamento sanitário sem o devido tratamento. A proposição deve ser apresentada ao plenário na sessão ordinária da próxima terça-feira (9).
A indicação deve ser encaminhada para o governador Eduardo Riedel (PSDB), com cópias para o diretor-presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), André Borges Barros de Araújo, e o Promotor de Justiça titular da 34ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, Dr. Luciano Furtado Loubet.
O pedido é para que as autoridades “envidem esforços para identificar, diagnosticar a apurar possíveis danos ambientais decorrentes de disposição de esgotamento sanitário sem o devido tratamento no Rio Aquidauana, importante leito de água doce para a hidrografia sul-mato-grossense”, diz o texto.
Também foram anexadas fotos que mostrariam o possível despejo desse material nas águas do Rio Aquidauana.
Retirada de mil toneladas de lixo
Na justificativa da indicação, a parlamentar narra que, em 29 de junho, uma ação organizada pelo “Projeto Rio Vivo” retirou aproximadamente mil toneladas de lixo das margens e leitos dos rios Aquidauana e Taquarussu em comemoração ao Dia do Pescador. Entre os materiais estavam garrafas de vidro e PET, sacolas plásticas, latas de cerveja e até um colchão.
O mutirão contou com a participação da Colônia de Pescadores Z18 de Anastácio juntamente com pescadores profissionais e demais voluntários, com o apoio da Polícia Militar Ambiental e da Paróquia de Aquidauana.
No texto também é ressaltada a importância do Rio Aquidauana para as atividades econômicas e sociais nos municípios de Anastácio, Aquidauana, Miranda, e outros. A Bacia Hidrográfica do Rio Aquidauana abrange aproximadamente 21.369 km² e estende-se da Serra de Maracaju até o rio Miranda, percorrendo 620 km.
A região estaria enfrentando desafios ambientais, como a poluição dos afluentes e o assoreamento devido à erosão dos solos. “O rio, com qualidade de água considerada aceitável, já apresenta sinais preocupantes devido à poluição por agroindústrias, destacando a necessidade urgente de ações para sua preservação e recuperação. Diante desse cenário, é imperativo que sejam tomadas medidas para identificar e corrigir as fontes de poluição, garantindo a sustentabilidade ambiental e econômica da região”, afirma.
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