Shari Redstone, presidente da Paramount Global, confirmou à Variety que as negociações de fusão com a Skydance Media foram encerradas. Empresas conversavam há seis meses, mas não houve acordo entre as partes.
O que você precisa saber:
- À Venda, a Paramount vem avaliando ofertas há alguns meses;
- A Skydance era a única no páreo que já havia recebido um sinal verde da National Amusements, empresa que controla a Paramount;
- Redstone também é chefe da National Amusements (NAI), que detém 77% das ações com direito a voto na Paramount;
- A empresa oficializou o fim das negociações em comunicado de agradecimento ao interesse da Skydance;
- O motivo de divergência entre as empresas não ficou claro. A Skydance também não quis se pronunciar.
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A National Amusements, Inc., acionista majoritária da Paramount Global, anuncia hoje que não conseguiu chegar a termos mutuamente aceitáveis em relação à potencial transação com a Skydance Media para a aquisição de uma participação majoritária na NAI. A NAI agradece à Skydance pelos meses de trabalho na busca desta potencial transação e espera pela contínua e bem-sucedida colaboração de produção entre a Paramount e a Skydance.
NAI em comunicado.
O fim das negociações entre a Paramount e Skydance reforça rumores de que a proposta conjunta feita pela Sony e Apollo está sendo considerada pela empresa.
A oferta de US$ 26 bilhões em dinheiro (aproximadamente R$ 126 bilhões) da Sony teria complicado as avaliações na Paramount, especialmente depois que alguns acionistas levantaram preocupações sobre o acordo com a Skydance e instaram a empresa a considerar outras ofertas.
Ao que tudo indica, o conglomerado de mídia quer um acordo que beneficie principalmente os acionistas, tornando a oferta Sony-Apollo bem mais interessante — eles estão oferecendo US$ 26 bilhões em dinheiro, sem incluir ações e patrimônio físico.
Vale lembrar que a Warner Bros. também estava na disputa, mas paralisou as negociações após reavaliar seus resultados financeiros.
Por que a Paramount está à venda?
Vivendo dificuldades devido ao aumento da concorrência, a Paramount enfrenta um mercado publicitário fraco e queda nas assinaturas de TV a cabo nos Estados Unidos, o que corroeu o lucro de seu negócio de TV.
Além disso, a greve dos atores e roteiristas do ano passado teve forte impacto na companhia, que ainda não se recuperou da pausa, sem mencionar seu serviço de streaming, o Paramount+, que não consegue alcançar rivais como Netflix e Disney.
As ações da empresa também despencaram no último ano, caindo mais de 65% e reduzindo seu valor de mercado em mais de US$ 14 bilhões.
Atualmente, a empresa vale cerca de US$ 9 bilhões, segundo dados do LSEG. Ela carrega mais de US$ 14 bilhões em dívidas.