A saga da plataforma de vídeos YouTube contra bloqueadores de anúncio ganhou mais um capítulo. Na última segunda-feira (15), o serviço anunciou uma nova etapa na briga contra esse tipo de ferramenta.
De acordo com uma atualização na página de suporte do YouTube, a companhia agora vai “aumentar os esforços” contra aplicativos de desenvolvedores terceiros que bloqueiam ou pulam os anúncios publicitários. O comunicado diz que esses aplicativos violam os Termos de Serviço da plataforma e, portanto, são proibidos.
Espectadores que insistirem em seguir usando esses aplicativos agora podem ter problemas de carregamento nos vídeos ou até ver uma mensagem de erro com textos como “Este conteúdo não está disponível neste aplicativo”, impedindo a visualização.
O YouTube não chegou a nomear nenhum aplicativo, mas pode estar se referindo tanto aos bloqueadores de anúncio tradicionais quanto serviços embutidos como extensões em navegadores, além de players que emulam a interface da plataforma sem incluir a publicidade.
YouTube oferece anúncios ou experiência paga
Segundo o comunicado da marca, o uso de bloqueadores de anúncio “impede o criador de conteúdo de ser recompensado pela visualização”, além de apoiar toda a comunidade e o funcionamento da própria plataforma.
Os testes do YouTube para bloquear anúncios começaram com maior intensidade em 2023, quando alguns usuários de determinadas regiões passaram a receber os avisos de que adblockers não eram mais permitidos. Como consequência, esse tipo de programa passou por um período recorde de desinstalação — por mais que o próprio serviço tenha negado que a culpa dos problemas técnicos eram do bloqueio.
O aviso que era exibido até agora para parte da comunidade que usava adblocks. (Imagem: Reprodução/Reddit)Fonte: Reddit
Além disso, quando a campanha do YouTube contra adblockers retornou no começo deste ano, vários usuários já relataram lentidão na reprodução de clipes ou então notificações saltando na tela com avisos sobre o uso de bloqueadores de anúncio.
A plataforma de vídeos da Google sugere que o usuário adote a experiência gratuita com anúncios ou então vire um assinante do YouTube Premium. A versão paga do serviço, que custa R$ 24,90 por mês no Brasil ou R$ 249 anualmente, elimina a publicidade antes, durante e depois dos clipes.