O ex-prefeito de Bodoquena – cidade a 264 km de Campo Grande -, Umberto Machado Araripe, e seu vice na época, Elpídio José Roque de Carvalho (já falecido), foram condenados a ressarcir os cofres públicos do município no valor de R$ 266,4 mil, sendo R$ 133,2 mil cada. Pelo falecimento do ex-vice-prefeito, suas filhas foram incluídas na sentença para o pagamento da condenação.
A ação movida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) desde 2008, mas a sentença foi proferida neste mês. Isso porque o processo ficou suspenso por cerca de seis anos por causa da morte de Elpídio.
Conforme denúncia do MPMS, Elpídio foi eleito na chapa de Umberto nas eleições de 2004 e assumiram os cargos eletivos em janeiro seguinte.
No entanto, apesar de receber salário de R$ 4 mil, Elpídio ‘não pisava os pés’ na prefeitura, segundo apontou o MPMS. Inclusive, na ausência do prefeito, o então secretário de administração do município é quem assumia as funções.
Testemunhas confirmaram que Elpídio vivia uma ‘vida normal’, cuidando de seus afazeres particulares na criação de gado em uma chácara de sua propriedade.
Ainda, o próprio ex-prefeito disse, em depoimento, que sequer tinha conhecimento de quais eram as atribuições que Elpídio exercia na prefeitura.
Por fim, ficou confirmado nos autos que o ex-vice-prefeito teria entrado com pedido de afastamento para tratar questões de saúde dias após oficial de Justiça ter comparecido à prefeitura para intimá-lo. Segundo o MPMS, o pedido seria para ‘encobrir’ as irregularidades.
Então, na condenação por improbidade administrativa, o juiz Alexsandro Motta ainda definiu que os valores devem ser ajustados com correção monetária e juros moratórios da multa civil.